7 de janeiro de 2025 às 20:28
Uma pesquisa da Universidade de Canterbury desafia a existência da energia escura, que é considerada responsável por dois terços da densidade de massa-energia do Universo.
O estudo propõe o modelo "timescape", que questiona a homogeneidade da expansão do Universo.
Diferente do modelo convencional (equação de Friedmann), o "timescape" considera variações na gravidade e na percepção do tempo em diferentes regiões do cosmos.
Segundo o modelo, o tempo flui até 35% mais lentamente em galáxias densas do que em regiões vazias, criando uma ilusão de aceleração cósmica.
A energia escura seria um mal-entendido das interações entre tempo e espaço, e não uma força misteriosa.
A teoria também oferece explicações para a Hubble tension, uma divergência nas medições das taxas de expansão do Universo.
Dados precisos de 1.535 supernovas, coletados pela equipe do Pantheon+, apoiam a hipótese do modelo "timescape".
Telescópios espaciais, como o Euclid e o Nancy Grace Roman, fornecerão dados futuros para testar a viabilidade do modelo.
A equipe acredita que ao menos mil observações de alta qualidade serão necessárias para confirmar ou refutar a teoria.
Se comprovada, a ausência de energia escura poderia revolucionar teorias cosmológicas e resolver enigmas associados à expansão do Universo — ou gerar mais dúvidas.