4 de maio de 2025 às 15:58
A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou ter evitado um ataque a bomba durante o megashow da cantora Lady Gaga, neste sábado, 3, que contou com a presença de cerca de 2,1 milhões de pessoas na orla de Copacabana.
Batizada de "Fake Monster", a operação contou com a participação de agentes da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) e da 19ª DP (Tijuca).
A ação visava desarticular um grupo responsável por disseminar discurso de ódio e elaborar um plano de ataque, com foco principal em crianças, adolescentes e o público LGBTQIA+. A operação também contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
O nome da operação faz referência ao uso de perfis falsos por aliciadores, que se apresentavam como fãs da Lady Gaga, conhecidos como "little monsters", para recrutar participantes e disseminar conteúdos criminosos.
A "Operação Fake Monster" foi desencadeada a partir de uma investigação da Polícia, que identificou que os membros do grupo estavam recrutando participantes, inclusive adolescentes, para realizar ataques coordenados com explosivos improvisados e coquetéis Molotov.
O objetivo era ganhar notoriedade nas redes sociais por meio de um "desafio coletivo". Durante a operação, um homem foi preso em flagrante no Rio Grande do Sul por porte ilegal de arma de fogo, e um adolescente foi apreendido por armazenamento de pornografia infantil no Rio.
A investigação foi motivada por um alerta da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Polícia Civil, que resultou em um relatório técnico elaborado pelo Ciberlab da Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi) da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp).