Infraestrutura

'Concessão de hidrovias não é privatização dos rios', diz CEO da MoveInfra

Clara Assunção

29 de abril de 2025 às 11:02

Hidrovias do Brasil/Divulgação

No 9º episódio do EXAME INFRA, Ronei Glanzmann, CEO da MoveInfra, destacou o crescente foco do movimento em hidrovias, consideradas um "filho caçula" da infraestrutura brasileira e peça-chave na agenda de descarbonização

"O Brasil tem um potencial gigantesco de rios navegáveis o ano inteiro. Um comboio de barcaças com um único empurrador retira milhares de caminhões das rodovias, o que é ambientalmente muito positivo", disse Glanzmann

./

Em 2024, nota técnica da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) também observou que para o transporte de commodities, o frete hidroviário unitário (por tonelada) é cerca de metade do valor do modal ferroviário e 25% do rodoviário

Mas, apesar disso, o plano de aumentar o potencial hidroviário do país pouco avançou. Segundo Glanzmann ainda é necessário garantir a navegabilidade dos rios, com obras de dragagem, sinalização e, em alguns casos, a retificação de curvas

Exame Infra/YouTube/Reprodução

"Muita gente fala 'mas então o governo vai privatizar os rios?' e não é nada disso. Não se trata de privatizar rios, mas de conceder a gestão de serviços que mantenham a navegabilidade o ano todo", afirmou

O primeiro passo já foi dado: o governo federal lançou consulta pública para a concessão da Hidrovia Paraguai-Paraná. O tramo sul com 600 quilômetros de Corumbá (MS) a Porto Murtinho tem edital previsto para o 2º semestre. Fique por dentro no EXAME INFRA