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O novo combustível dos navios é o óleo de cozinha usado. Entenda como isso é feito

César H. S. Rezende

24 de abril de 2025 às 15:04

CFOTO/Future Publishing/Getty Images

A Petrobras, estatal brasileira, vai utilizar óleo de cozinha usado para abastecer um navio. A empresa anunciou uma parceria comercial com a Vale para abastecer um navio afretado pela mineradora com combustível bunker misturado a conteúdo renovável.

Bunker é o nome dado ao combustível utilizado em embarcações marítimas, originado de combustível fóssil, emissor de gases do efeito estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO2).

Segundo o comunicado, o produto que abastece a embarcação afretada pela Vale contém 24% de biodiesel originado do processamento de óleo de cozinha usado — o combustível com teor renovável é chamado de Very Low Sulfur (VLS) B24.

Inpasa/Divulgação

Segundo a Petrobras, o VLS 24 foi formulado na Ásia pela própria Petrobras Singapore, a partir de 76% de óleo combustível fóssil produzido em refinarias da estatal brasileira e 24% de biocombustível adquirido na região.

Por conter conteúdo renovável, o bunker emite menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global e pelas mudanças climáticas.

Divulgação/Divulgação

A primeira experiência da Petrobras com o abastecimento utilizando o VLS foi realizada em 27 de fevereiro, também em Singapura, e envolveu o navio André Rebouças, da Transpetro, subsidiária da estatal.

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