EXAME Agro

O homem que reinventou o agro no cerrado e é reconhecido até pelo Japão

César H. S. Rezende

6 de agosto de 2024 às 17:30

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O meme "quando eu cheguei aqui era tudo mato" poderia caber na trajetória de Eliseu Alves, um dos fundadores e ex-presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Afinal, a história do pesquisador está intrinsecamente ligada à evolução do agronegócio brasileiro.

Divulgação / Rede Paonelli/

Juntamente com o ex-ministro Alysson Paolinelli, que faleceu em junho de 2023, Alves desempenhou um papel fundamental na transformação do agro, especialmente no Cerrado brasileiro. Sua contribuição é tão significativa que é reconhecida até mesmo pelo Japão.

KAZUHIRO NOGI/Getty Images

No final de julho deste ano, o governo japonês concedeu a Alves a comenda da Ordem do Sol Nascente — a honra é uma das mais prestigiadas distinções internacionais do país asiático, que celebra indivíduos que têm contribuído para o avanço da amizade e cooperação com o Japão.

A comenda outorgada ao pesquisador foi proposta pelo primeiro ministro Fumio Kishida e aprovada pelo imperador Naruhito em novembro de 2023. Criada em 1875 pelo imperador Meiji, a Ordem do Sol Nascente é a segunda maior honra do Japão, superada apenas pela Ordem do Crisântemo.

Ramesh Thadani/Getty Images

O Cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, que cobre cerca de 25% do território nacional e perfaz uma área entre 1,8 e 2 milhões de km².

A área é dividida entre os Estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e porções do Estado de São Paulo, de acordo com informações do Instituto Brasileiro Chico Medes

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