12 de novembro de 2024 às 15:10
A Embrapa informou que 6 espécies de cochonilhas-de-escama foram registradas pela primeira vez no Vale do São Francisco, a mais importante área de produção de frutas tropicais do País.
De acordo com o órgão, as cochonilhas são insetos sugadores que pertencem à família Diaspididae. Elas se movem em sua fase inicial de desenvolvimento, logo que eclodem do ovo. Depois disso, se fixam na planta e iniciam a sua alimentação.
As cochonilhas desenvolvem um escudo sobre o corpo, que as protege contra predadores e dificulta o controle com inseticidas. Sob o escudo das fêmeas, os ovos ficam abrigados até a eclosão das ninfas, que migram para outras partes da planta. Já o macho adulto possui asas.
As pragas foram encontradas em pomares de manga e uva, causando danos diretos aos frutos e comprometendo sua qualidade e o desenvolvimento das plantas.
Segundo a Embrapa, as cochonilhas podem provocar a despigmentação da casca dos frutos e, mesmo mortas, continuam presas à superfície, prejudicando sua aparência.
Os primeiros relatos de problemas causados por essas pragas foram feitos por produtores de manga, entre 2021 e 2022. Em 2023 foi a vez dos produtores de uva relatarem infestação de cochonilhas no tronco da videira.
Em 2022, a Embrapa Semiárido e instituições parceiras registraram outras espécies de cochonilhas que até então não haviam sido relatadas em mangueira no Vale do São Francisco.