26 de abril de 2025 às 10:30
Estudo da CropLife revelou que a pirataria de sementes de soja afeta 4 milhões de hectares no Brasil, ou 11% da área plantada, resultando em prejuízos de 10 bilhões de reais anuais.
A busca por alternativas mais baratas pelos agricultores, a alta dos custos e a dificuldade de fiscalização impulsionaram a prática no país.
“A pirataria é uma armadilha. A soja é uma indústria gigantesca, e os riscos à sua reputação institucional são imensos”, afirma Anderson Galvão, CEO da consultoria Céleres, responsável pelo estudo.
Agricultores compram sementes não registradas a preços mais baixos, mas não pagam pelos direitos de propriedade intelectual dos desenvolvedores.
O uso de sementes piratas resulta em 17% menos produtividade, gerando uma perda de 7,2 milhões de sacas de soja na safra 2023/24.
As sementes piratas não têm melhorias genéticas adequadas, o que as torna vulneráveis a novas doenças e intempéries, impactando a produtividade.
"Em um cenário de clima incerto e eventos adversos que impactam as safras, o uso de sementes geneticamente melhoradas se torna uma estratégia crucial para reduzir danos e até mesmo custos", diz Eduardo Leão, CEO da CropLife.
A solução, diz Catharina Pires, diretora de biotec e germoplasma da Croplife, passa por canais de denúncia, além de campanhas de sensibilização sobre o tema, já que o problema não se limita à soja.