Quer saber como uma empresa com 50 anos de trajetória e 2,2 trilhões de dólares de ativos sob gestão se mantém na liderança do mercado? O segredo da Pimco, empresa que atua em 15 países, está na gestão ativa de investimentos, valorizando os mercados internacionais e as oportunidades que ele proporciona em renda fixa.
“O mercado de renda fixa é muito diferente do de renda variável. Ele é uma vez e meia maior, existem muito mais ativos ali, incluindo investidores não econômicos, como bancos centrais e fundos de pensão”, explica Luis Oliveira, vice-presidente executivo da Pimco no Brasil. “Faz todo sentido ter uma gestão de renda fixa ativa nos portfólios.”
A cada ano, em média, 20% dos papéis emitidos por esses players vencem, o que significa que eles precisam fazer novas emissões. “Essas organizações podem fazer emissões de diversos ativos diferentes, e os gestores podem pescar nesse pool de mercados em diferentes anos”, diz Oliveira. “Nosso tamanho ajuda muito; é um diferencial competitivo. As companhias, quando precisam fazer emissão, falam antes conosco”.
A empresa acredita, portanto, que a gestão ativa é uma forma responsável de investir os ativos de seus clientes. Como ela faz isso? Disponibilizando a eles um modelo testado em praticamente todos os ambientes de mercado. Assim, consegue se sobressair a partir de uma visão 360 graus desenvolvida desde o surgimento da empresa, em 1971, no estado americano da Califórnia.
Como formadora de opinião, a Pimco realiza, há mais de 40 anos, fóruns trimestrais que analisam o mercado internacional de maneira detalhada. “Esses encontros servem para nos tirar dos momentos tanto de euforia quanto de depressão, tão comuns no mercado financeiro”, diz Oliveira. “Muita gente influente lê nossos relatórios.”
Em seu trabalho de atendimento a clientes e análise de crédito para fundos globais, a empresa é conhecida por utilizar essas análises para basear seu processo de investimentos. Um dos relatórios trimestrais visa o longo prazo; e três deles, o curto prazo. Clique aqui para acessar o último documento, divulgado em junho deste ano.
Nos fóruns cíclicos, como são chamados pela Pimco, profissionais do ramo de investimentos, membros do board de conselheiros da gestora e palestrantes externos debatem sobre geopolítica, finanças, economia e tecnologia, entre uma ampla variedade de temas.
Em 2020, por exemplo, participaram dos fóruns macroeconômicos o economista italiano Mario Draghi, primeiro-ministro da Itália, e a diplomata e cientista política Condoleezza Rice, secretária de Estado dos Estados Unidos entre 2005 a 2009.
“Gostamos de ouvir pessoas que têm opiniões contrárias à nossa; isso é muito importante para a nossa tomada de decisão”, relata o vice-presidente executivo da Pimco no Brasil. “Também gostamos de contratar experts em assuntos sobre os quais não temos nenhum conhecimento”.
E assim, a Pimco consegue mapear o comportamento dos mercados e analisar toda a conjuntura global para traçar cenários e, por fim, transformar percepções em diretrizes de investimento.