Em programa de entrevistas da Reserva, Camila Farani revela que foi “infeliz demais” como executiva

Uma das dez participantes da nova temporada do Limonada, a investidora está envolvida com mais de 45 startups que movimentam cerca de R$ 3,7 bilhões por ano

EXAME Solutions
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Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 12h00.

Última atualização em 19 de fevereiro de 2024 às 12h15.

APRESENTADO POR OFICINA RESERVA

Construtores de soluções. Transformadores de limões em limonadas. Eis o público-alvo da marca que o grupo Reserva lançou em 2018, a Oficina Reserva. Conhecida pelas peças sem estampas ou símbolos e pela evidente aposta no minimalismo, a grife é voltada, conforme diz seu manifesto, “para os que ignoram as dificuldades porque amam o que fazem” e “para os que empreendem seus sonhos e propósitos”.

É para aqueles que “arregaçam as mangas e abrem caminho para o futuro. Sem reclamar de nada”, continua o manifesto. “Eles nos inspiram e nos movem a fazer melhor. Todos os dias”. Termina da seguinte forma: “É para pessoas como eles que fazemos a marca. Para gente que vai lá e faz”.

Limonada: nova temporada

A Oficina Reserva foi lançada com a ajuda do Limonada, programa de entrevistas em vídeo da Oficina Reserva. Bernardinho, Luciano Huck, Eduardo Mufarej, do RenovaBR, e Gustavo Caetano, fundador da Sambatech, foram algumas das personalidades que participaram da primeira temporada. O objetivo do programa é dar o devido destaque para empreendedores que dispensam apresentações. Todos os convidados, via de regra, são construtores de soluções e transformadores de limões em limonadas.

É o caso de Camila Farani, uma das dez participantes da nova temporada do Limonada, produzida em parceria com a EXAME. Apresentador da nova leva de episódios, o editor Ivan Padilla conversou com Camila, Alex Atala, Luiza Helena Trajano, Edu Lyra, Dilma Campos, Fernanda Ribeiro, Diogo Roberte, Gustavo Cerbasi, João Adibe Marques e Facundo Guerra. Todas as entrevistas podem ser assistidas, na íntegra, livremente.

Sócia-fundadora da butique G2 Capital, Camila está envolvida, atualmente, com mais de 45 startups que movimentam cerca de R$ 3,7 bilhões por ano. No que dependesse de sua família, no entanto, ela teria virado juíza. Foi o que contou no início de sua participação no Limonada. “Comecei a trabalhar na tabacaria da minha mãe e logo depois fui cursar direito, pois queriam que eu virasse juíza”, revelou. “Mas no meio da faculdade descobri que direito não era o que eu queria.”

Como tudo começou Quando estava com quase 20 anos, ela se deu conta de um boom de cafés gelados — a Starbucks, na época, abria uma loja a cada 4 horas. Daí para convencer a mãe a incluir cafés gelados no cardápio da tabacaria foi um pulo.

Com a novidade, o negócio se tornou altamente lucrativo. “Eu tinha, então, 21 anos de idade e comecei a pensar em como multiplicar o que estava ganhando”, recordou. “Não quis sair gastando. Porque não adianta: se você ganha R$ 1 milhão e gasta R$ 1,2 milhão, vai continuar onde você está, e, ainda por cima, endividado”.

Aos 27 anos, ela investiu tudo que havia juntado até então — R$ 280 mil — na Farani Deli Café. Que, depois de altos e baixos, passou a se chamar Farani Fresh Food. Na definição da empresária, era uma espécie de Spoleto das saladas.

“Começou a ter fila na porta e o breakeven veio no quinto mês”, disse. “No sexto mês, o presidente do Mundo Verde me procurou e disse o seguinte: 'ou você vem trabalhar comigo ou eu vou te engolir'. Daí virei diretora executiva da vertical de alimentação saudável do grupo. Fiquei lá por dois anos.”

Empreendedora nata

Como foi a experiência como executiva? “Infeliz demais”, admitiu Camila. “Quer deixar uma empreendedora que gosta do operacional infeliz? Obrigue-a a passar o dia sentada analisando indicadores. Não é para mim. Você precisa descobrir que tipo de empreendedor você é.”

Encerrados os vínculos com o Mundo Verde, ela se converteu em investidora-anjo. Virou investidora-associada do Gávea Angels, depois assumiu a vice-presidência da entidade e, em seguida, a presidência.

Qual é sua maior qualidade como empreendedora? “A ousadia”, respondeu, sem pestanejar. “Aquela atitude de ‘vamos fazer até dar certo’”. Camila também citou a capacidade de se conectar com a história dos empreendedores nos quais investe. “Porque por trás de todo CNPJ tem um CPF, não é?”, argumentou. “E se o CPF não é bom, o CNPJ também não vai ser”. Assista, a seguir, ao episódio dela na íntegra.

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