Quando foram criados, em 2015, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), da ONU, eram uma série de metas a serem alcançadas por governos, empresas e sociedade civil até um longínquo 2030. Agora, faltando apenas sete anos, o mundo ainda tropeça em acordos e legislações sobre dilemas ambientais urgentes. Será que vai dar tempo?
Para responder a essa pergunta, conversamos com Rafael Tello, head de sustentabilidade da Ambipar, empresa líder em gestão de resíduos. Com operação em 39 países — incluindo uma base na Antártida —, a Ambipar atua tanto em resposta a emergências ambientais quanto na consultoria para o processamento e a redução de resíduos, assim como descarbonização e economia circular.
Para Tello, a urgência do tema da sustentabilidade, apressado pelas mudanças climáticas e por um público consumidor cada vez mais exigente, tem encontrado as empresas brasileiras bem preparadas ou abertas às mudanças exigidas.
“Esse modelo linear de produção que temos hoje é uma invenção humana. Todo modelo na natureza é circular. O que precisa mudar é o como a gente pensa o produto, a embalagem, a distribuição... Tudo isso tem impacto na quantidade de resíduos e no quão fácil ou difícil vai ser removê-los da natureza. A base de tudo é o design do processo”, comenta o executivo.
Tello ainda contou sobre os negócios da empresa que exporta tecnologia de processos brasileiros para suas operações no exterior, falou da participação da empresa na COP27, em novembro de 2022, no Egito, e sobre como as empresas brasileiras podem assumir a dianteira do mercado de sustentabilidade global. Confira, no vídeo acima, como esse bate-papo — e os aprendizados para as empresas que ainda não aderiram 100% às práticas ESG.