Motorola One é alternativa de entrada ao Google Pixel

Aparelho integra o programa Android One, que visa oferecer atualizações de software com mais clareza para o consumidor; veja teste

São Paulo – Se você tem ou já teve um smartphone com Android, sabe muito bem que a disponibilidade de atualizações do sistema é uma incógnita. Não há uma política clara de updates, como nos iPhones. Isso acontece porque a Apple controla hardware e software, enquanto o Android é oferecido pelo Google a diversas fabricantes de dispositivos.

Com isso, uma série de homologações tornam-se necessárias e nem sempre compensa para as empresas oferecer a atualização do Android. Nesse contexto, o Google lançou o Pixel lá nos Estados Unidos e hoje ele está na sua terceira geração.

Não tem nem sinal dele por aqui no Brasil, mas a Motorola trouxe o primeiro Android One para o país. Chamado Motorola One, ele faz parte de um programa do Google para dar uma política de updates mais clara para o consumidor.

O Motorola One é um dispositivo que se destaca muito mais pelo software do que pelo hardware. A fabricante garantiu update para o Android Pie até o final do ano e mais uma atualização de letra do Android, que seria um Android Q, ainda sem nome.

Isso é ótimo para quem quer saber quanto tempo vai durar o smartphone que está comprando. Não há a garantia de um funcionamento pleno do primeiro ao último dia, é claro, até porque componentes como a bateria se deterioram com o tempo e uso intenso. Mas será possível saber que você terá pelo menos mais duas atualizações de software, o que já é mais do que em qualquer outro smartphone Android do Brasil.

Como dissemos, o hardware não é super bom. A fabricante colocou uma tela bem bacana que ocupa grande parte da frente do produto, mas ela tem resolução HD, em vez de Full HD.

O Motorola One não tem proteção contra submersão e usa um processador já desatualizado, é um modelo intermediário de 2017, o Snapdragon 625, da Qualcomm. Rivais mais recentes, como o Zenfone 5, já usam o Snapdragon 636.

A bateria também não se destacou em nossos testes. A autonomia registrada foi de 7 horas e meia, sendo que a média da categoria é de 10 horas.

A implementação de câmeras é interessante e ela fica no limite do custo para a fabricante oferecer bons recursos a um smartphone de 1.500 reais.

A câmera principal tem 13 megapixels e há uma adicional, de apenas 2 megapixels, que permite desfocar o fundo de retratos.

Na dianteira, a câmera tem 8 megapixels e faz até que bons retratos, mas nada que se compare ao Galaxy A8, que tem câmera dupla frontal e custa menos de 2 mil reais.

As câmeras não são os principais recursos do Motorola One, mas elas não chegam a ser pontos negativos. As cenas registradas com ele têm qualidade aceitável para a publicação em redes sociais. Há um pós-processamento automático que melhora muito as fotos que são tiradas. É um truque bom, mas a lentidão da execução é visível, o que evidencia a falta de poder de fogo do produto para tarefas mais complexas.

O Motorola One se apresenta como uma alternativa de custo acessível para quem não deseja gastar mais de 2 mil reais em um smartphone e preza por atualizações do Android. Ele é uma versão de entrada do Google Pixel, apesar de ter configuração de hardware mediana.

Por ser o primeiro, o Motorola One se destaca como a única opção do momento para os entusiastas do Android. Resta saber até quando isso vai durar.

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