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Zuckerberg vetou proibição de filtros de cirurgia plástica, mesmo com temor de uso por adolescentes

Processo movido por mais de 30 estados dos EUA mostra que a Meta tinha objetivos que se sobrepunham ao controle da própria empresa sobre o dano das redes sociais nos usuários jovens

Mark Zuckerberg: CEO da Meta (Leah Millis/Reuters)

Mark Zuckerberg: CEO da Meta (Leah Millis/Reuters)

André Lopes
André Lopes

Repórter

Publicado em 27 de novembro de 2023 às 15h47.

Última atualização em 27 de novembro de 2023 às 17h01.

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, enfrenta acusações em um processo movido por mais de 30 estados americanos. O foco central é a decisão controversa da empresa de não proibir filtros que simulam efeitos de cirurgia plástica nas suas plataformas sociais, apesar das preocupações relacionadas à saúde mental, principalmente, de adolescentes.

A Meta tem reforçado seu compromisso em manter os adolescentes seguros na internet, alegando ter introduzido mais de 30 ferramentas de suporte para jovens e suas famílias. Mas o procurador-geral da Califórnia, Rob Bonta, que toca o processo, afirma que a empresa agiu de forma deliberada.

A empresa, com sede em Menlo Park, Califórnia, defendeu-se afirmando que, embora filtros existam em quase todas as principais plataformas sociais e câmeras de smartphones, são proibidos aqueles que promovem diretamente cirurgia cosmética, alterações na cor da pele ou perda de peso extrema.

A Meta enfatizou o trabalho de uma década dedicado a essas questões, com a contratação de especialistas focados na segurança e suporte aos jovens online.

Além disso, o processo revela que documentos da empresa indicam metas para o tempo de uso dos usuários na plataforma, contradizendo declarações públicas anteriores.

Os estados também alegam que a empresa promoveu a plataforma como segura, enquanto dados internos mostravam que os usuários sofriam danos desproporcionais ao se manterem online.

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