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Zuckerberg fecha cerco contra vazamento de dados após escândalo

Dados de mais de 50 milhões de usuários do Facebook foram compartilhados com a empresa Cambridge Analytica

 (Justin Sullivan/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 21 de março de 2018 às 17h08.

Última atualização em 21 de março de 2018 às 17h13.

São Paulo – Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, se pronunciou em seu perfil na rede social sobre o escândalo de vazamento de dados, que veio à tona no último final de semana. O fundador da empresa contou toda a história dos bastidores do caso da Cambridge Analytica e afirmou que vai tomar medidas restritivas para impedir que os dados dos usuários saiam do seu controle.

Zuckerberg explica, na publicação em inglês, que o vazamento aconteceu a partir de um aplicativo de quizz de personalidade, criado pelo pesquisador da Universidade de Cambridge Aleksandr Kogan, em 2013. Da forma como o app funcionava à época, ele obteve dados não só das 300 mil pessoas que o instalaram, mas também de seus amigos. Isso era permitido. Por isso, dados de dezenas de milhões de pessoas foram coletados.

No ano seguinte, a rede social mudou seus termos de privacidade para evitar que esses aplicativos abusivos fizessem coisas semelhantes para capturar informações de usuários do Facebook.

Porém, o ajuste chegou tarde demais. Segundo reportagem do jornal britânico The Guardian, Kogan teria compartilhado os dados com a empresa de consultoria Cambridge Analytica. O Facebook solicitou a exclusão das informações e foi informado que tudo havia sido apagado.

Nesta semana, The New York Times, The Guardian e Channel 4 publicaram reportagens sobre o mau uso de dados de usuários.

"Essa falha de confiança entre Kogan, Cambridge Analytica e Facebook. Mas também foi uma falha de segurança entre Facebook e as pessoas que compartilham seus dados conosco e esperam que nós os protejamos. Precisamos consertar isso", afirmou Zuckerberg.

Para prevenir casos semelhantes, o Facebook vai banir usuários que criaram apps abusivos antes de 2014, restringir ainda mais o acesso dos desenvolvedores às informações pessoais e vai tornar mais transparente os dados que são compartilhados com aplicativos na rede social.

Veja a publicação de Zuckerberg na íntegra a seguir.

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