Zuckerberg: a "viagem" foi transmitida em ao vivo em um vídeo de 360 graus (Stephen Lam/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de outubro de 2017 às 21h32.
Última atualização em 10 de outubro de 2017 às 22h09.
Nova York - O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, foi criticado nesta terça-feira por ter realizado um "tour virtual" por Porto Rico, devastado após a passagem pelo furacão Maria, para promover uma ferramenta de realidade virtual de sua rede social.
A "viagem" foi transmitida ao vivo em um vídeo de 360 graus. O avatar de Zuckerberg estava acompanhado da diretora de realidade virtual de Facebook, Rachel Franklin.
"Uma das coisas realmente mágicas da realidade virtual é que você pode sentir que está realmente no lugar", disse Franklin.
Com um tom jovial e as ruas inundadas da ilha ao fundo, Zuckerberg informou que ele e a colega não estavam no mesmo edifício naquele momento, mas, através da ferramenta Spaces, os dois podiam "estabelecer contato visual".
Zuckerberg passou então a comentar os esforços do Facebook para contribuir com a situação emergencial de Porto Rico. O fundador da rede social citou uma doação de US$ 1,5 milhão, e uma colaboração com a Cruz Vermelha para elaborar mapas com os locais que mais precisam de ajuda.
Jornais locais e vários usuários do Facebook criticaram Zuckerberg ao afirmar que o "tour" representou uma "falta de sensibilidade" com a situação vivida por Porto Rico.
O criador do Facebook usou os comentários do vídeo para responder às críticas e disse que uma das características mais "potentes" da realidade virtual é a "empatia". No entanto, Zuckerberg pediu desculpas àqueles que se sentiram ofendidos.
"Meu objetivo era mostrar como a realidade virtual pode gerar conscientização e nos ajudar a ver o que está ocorrendo em diferentes partes do mundo. Também queria compartilhar a notícia da nossa colaboração com a Cruz Vermelha", explicou.
"Lendo alguns comentários, me dei conta de que isso não estava claro e peço desculpas a quem tenha se sentido ofendido", concluiu Zuckerberg.