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Zuckerberg cumpre promessa de ano-novo e cria seu próprio Jarvis

Sistema doméstico de inteligência artificial funciona como o mordomo digital de Tony Stark

Jarvis: sistema inteligente controla casa de Zuckerberg (Marvel)

Jarvis: sistema inteligente controla casa de Zuckerberg (Marvel)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 20 de dezembro de 2016 às 12h23.

Última atualização em 20 de dezembro de 2016 às 16h30.

São Paulo – Mark Zuckerberg se propôs a criar um sistema doméstico de inteligência artificial no início de 2016. Sua fonte de inspiração era o Jarvis, o robô-mordomo onipresente dos filmes da trilogia Homem de Ferro. Agora, a pouco menos de duas semanas para o fim do ano, o CEO do Facebook concluiu o desenvolvimento do seu próprio Jarvis.

Os métodos de interação com o sistema são três. Zuckerberg e sua família podem usar um chatbot do Messenger, um aplicativo para iPhone que entende comandos de voz e a câmera na porta de entrada para interagir com o Jarvis.

O servidor que centraliza e processa todos os comandos dos usuários conta com tecnologias de reconhecimento de fala, processamento de linguagem e reconhecimento facial.

Por meio do chatbot, é possível dar comandos em texto para acender ou apagar as luzes da casa e também ajustar a temperatura ambiente.

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Jarvis: sistema controla luzes da casa via smartphone (Fast Company/Reprodução)

Com o app para iPhones, Zuckerberg pode, por exemplo, pedir para tocar músicas. O sistema reconhece quem fez o pedido e começa a tocar faixas que são do seu gosto. Se Priscilla, sua esposa, der o mesmo comando, músicas que lhe agradam serão tocadas.

O Jarvis também pode começar a tocar músicas similares, caso o usuário queira. Segundo a Fast Company, que visitou a casa do CEO do Facebook, quando pedido para tocar algo parecido com Red Hot Chili Peppers, a música "Smells like Teen Spirit", do Nirvana, começou a tocar. Ambas as bandas fizeram muito sucesso nos anos 90 e são classificadas como rock.

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Jarvis: esquema mostra funcionamento do sistema doméstico de Zuckerberg (Facebook/Divulgação)

Ainda assim, quando Zuckerberg pediu para que as luzes se apagassem via comando de voz, foi preciso repetir o pedido por três vezes até que ele fosse atendido.

"Algo que me surpreendeu sobre a minha comunicação com o Jarvis é que quando eu tenho que escolher falar ou escrever, eu usei muito mais o texto do que eu esperava. Isso aconteceu por uma série de razões, mas, principalmente, porque isso parece menos embaraçoso ao redor das pessoas. Se eu estou fazendo algo relacionado a elas, como tocar música para todos nós, então, a fala cai bem naquele momento, mas o texto para mais apropriado na maioria das vezes", de acordo com o depoimento de Zuckerberg sobre sua experiência.

A câmera da entrada pode reconhecer os rostos das pessoas que chegam à casa dos Zuckerberg. "Fiz um servidor simples que monitora continuamente as câmeras e executa um processo de duas etapas: primeiro, acontece a detecção para ver se há alguma pessoa à vista, e, quando alguém é detectado, ele executa o reconhecimento facial e descobre quem é a pessoa", diz o CEO. O sistema checa os rostos com uma lista de visitas agendadas e abre a porta automaticamente – ou não.

Zuckerberg planeja abrir o código do seu Jarvis para viabilizar produtos similares a mais pessoas. Por ora, porém, o projeto ainda está muito atrelado à sua própria casa.

Veja o vídeo que mostra o funcionamento do Jarvis a seguir.

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