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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h34.
A subsidiária local da chinesa ZTE Technologies está ingressando no mercado de consumo com a venda de celulares de marca própria. A companhia, presente no Brasil há quase cinco anos, até então atuava no país sob a marca Aiko.
Segundo Eliandro Ávila, CEO da companhia, a estratégia tem a ver com o aquecimento do mercado e da ausência de celulares de baixo custo com tela sensível a toque e com teclado deslizante. Os dois modelos da companhia custarão 179 e 399 reais.
"Identificamos uma lacuna no mercado e decidimos apostar nesses dois modelos de entrada de celulares, sem funções de smartphones, que até agora não existiam no mercado", diz. Os aparelhos serão comercializados pela TIM e a fabricação é terceirizada, com a Celéstica e Evandin.
Hoje as operações da ZTE dividem-se em equipamentos de infra-estrutura - que incluem equipamentos de rede - e terminais, categoria que além dos atuais modems, passará a integrar os celulares da marca. Atualmente, cada uma das divisões responde por 50% dos resultados da companhia, mas com a estratégia da marca própria, a expectativa é que a divisão de terminais chegue já neste ano a 55% do faturamento.
Na semana passada, a ZTE comemorou a marca de 100 milhões de terminais móveis vendidos. A empresa é hoje a sexta maior fabricante do gênero com cerca de 30 milhões de equipamentos vendidos por anos. A expectativa é triplicar esse volume anual ao longo dos próximos cinco anos, segundo Ávila.
"O Brasil é um dos focos de crescimento e é o celeiro para as operações na América Latina. O país representa hoje cerca de metade do faturamento da região", afirma. A ZTE não informa os números, mas aponta que deverá triplicar o faturamento neste ano no país. A companhia também estima dobrar o número de funcionários no Brasil, hoje de 200 pessoas.