Tecnologia

ZTE ainda espera fechar fornecimento para 4G no Brasil

A empresa até agora ficou de fora dos grandes anúncios feitos por operadoras brasileiras para o fornecimento de equipamento para a rede de quarta geração

Anúncio da ZTE em Wuhan, na China (Reuters)

Anúncio da ZTE em Wuhan, na China (Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2012 às 07h29.

Rio de Janeiro - A fabricante de equipamentos de telecomunicações chinesa ZTE tem esperança de conseguir um contrato de fornecimento para a telefonia móvel de quarta geração (4G) no Brasil, disse um executivo da empresa nesta quarta-feira.

A empresa até agora ficou de fora dos grandes anúncios feitos por operadoras brasileiras para o fornecimento de equipamento para a rede 4G.

"Em termos de LTE (tecnologia para 4G), tenho que dizer que a atual situação não está a nosso favor, mas permanecemos esperançosos de concluir algum acordo", disse à Reuters o vice-presidente de soluções e operações da empresa Xiangyang Jiang na Futurecom, evento do setor, no Rio de Janeiro.

A Telefônica Brasil anunciou na véspera ter escolhido a sueca Ericsson e a chinesa Huawei como fornecedoras de parte de sua rede 4G.

Nesta quarta-feira, a Oi anunciou a escolha de Ericsson, Alcatel-Lucent e Nokia Siemens para dividir o bolo de 1 bilhão de reais de investimentos nos próximos anos. A Claro já havia anunciado a Huawei e a Ericsson.

Apenas a TIM e a outra parte da rede da Telefônica ainda não anunciaram seus fornecedores.

Jiang afirmou que a operação brasileira da ZTE está aquém de suas expectativas e que é preciso um "ajuste fino" para melhorar as operações, especialmente com a entrada de operação da fábrica no Brasil prevista para o próximo ano, após investimentos iniciais de 120 milhões de dólares.

"Para ser honesto, não estou tão feliz com nosso desempenho aqui, nossa operação no Brasil não é comparável ao tamanho do país", disse ele.

A empresa, que é a quinta maior fabricante de equipamentos de telecomunicações sem fio, já é fornecedora da Oi, TIM e Telefônica em segmentos como banda larga fixa e transmissão óptica, mas o 4G será um fator de crescimento para o setor móvel.

A empresa emprega atualmente 500 pessoas no Brasil, sendo que cerca de 60 por cento são empregados diretos.


"Temos que fazer um ajuste fino na nossa operação, estamos buscando crescimento, de fato, mas também buscando retorno sobre investimento", acrescentou.

A empresa anunciou no ano passado investimentos de 250 milhões de dólares na unidade brasileira, localizada em Hortolândia, em São Paulo.

"Não acredito que seremos capazes de operar com capacidade total muito cedo... (mas) estamos planejando começar a produção no ano que vem", disse Jiang, acrescentando que é cedo para falar sobre qual será a capacidade instalada.

A empresa vai ter que observar a demanda dos volumes de encomendas para definir a capacidade as linhas de produtos que serão produzidas na fábrica paulista, disse o executivo, mas incluirão tanto séries para segmento móvel (3G e 4G) quanto para fixo.

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