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Zika vírus foi descoberto em 1947 em floresta da África

Até hoje, havia apenas um registro de surto provocado pela zika, em 2007, na Ilha de Yap


	Zika, também transmitido pelo Aedes aegypti: até hoje, havia apenas um registro de surto provocado pela zika, em 2007, na Ilha de Yap
 (Thinkstock/Damrongpan Thongwat)

Zika, também transmitido pelo Aedes aegypti: até hoje, havia apenas um registro de surto provocado pela zika, em 2007, na Ilha de Yap (Thinkstock/Damrongpan Thongwat)

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Da Redação

Publicado em 18 de novembro de 2015 às 07h02.

Brasília - O vírus que agora é considerado o suspeito número um do surto de microcefalia registrado no Brasil traz no nome uma referência à área onde foi descoberto, em 1947: a floresta de Zika, na África.

Até há pouco tempo, ele despertava pouca atenção de autoridades sanitárias. A pouca preocupação tinha como justificativa suas características. Pacientes com a infecção apresentavam sintomas leves: febre baixa, manchas pelo corpo e coceira.

"Até hoje, havia apenas um registro de surto provocado pela zika, em 2007, na Ilha de Yap", conta o professor da Federal do Rio Grande do Norte, Kleber Luz.

Na ilha, com 29 mil pessoas, nunca houve uma relação entre a febre e o aumento de microcefalia. "Mas isso não quer dizer nada. O número de pessoas é pequeno. Talvez possa até ter havido aumento, mas não foi perceptível diante do pequeno impacto para a população."

O vírus é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti. Uma vez inoculado na pele, ele se multiplica e, passados sete dias, vai para a corrente sanguínea, o período chamado viremia. Há três tipos de zika: o da Ásia, o da África do Leste e África Oeste. Não há um exame de diagnóstico para a zika por meio de anticorpos.

"É difícil de ser trabalhado, porque a viremia é de curta duração e pouco intensa", disse Luz. "Há pouca matéria-prima para se desenvolver o exame." Uma dificuldade que não existe com o vírus da dengue, considerado seu "primo".

"Na chikungunya, a viremia é de três dias, mas considerada muito alta." 

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