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YouTube quer lançar novo serviço pago de música em março

YouTube planeja apresentar um serviço pago de música em março, em outra tentativa de competir com Spotify e companhia

YouTube: novo plano pretende disputar mercado musical contra Spotify e outros concorrentes (Flickr/Karmin/Reprodução)

YouTube: novo plano pretende disputar mercado musical contra Spotify e outros concorrentes (Flickr/Karmin/Reprodução)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 8 de dezembro de 2017 às 13h06.

O YouTube planeja apresentar um serviço pago de música em março, de acordo com pessoas a par do assunto. Esta é a terceira tentativa realizada pela empresa controladora Alphabet para tentar acompanhar o ritmo dos rivais Spotify e Apple.

O novo serviço poderia ajudar a acalmar os executivos da indústria musical, que têm pressionado para obter mais receitas do YouTube. A Warner Music Group, uma das três maiores gravadoras do mundo, já fechou acordo, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque as negociações são privadas. O YouTube também está negociando com as outras duas, Sony Music Entertainment e Universal Music Group, e com a Merlin, um consórcio de selos independentes, disseram as pessoas.

Os serviços pagos Spotify e Apple Music geraram uma recuperação na indústria musical, que está crescendo novamente após quase duas décadas de declínio. No entanto, grandes gravadoras afirmam que o crescimento seria ainda mais significativo se não fosse pelo YouTube, criticado por não as compensar o suficiente, considerando o quanto as pessoas usam o site para ouvir música. A música é um dos gêneros mais populares de vídeo no YouTube, que atrai mais de um bilhão de usuários por mês.

O YouTube não teve o mesmo sucesso que a Apple ou o Spotify em conquistar usuários para seus serviços de música pagos, mas não foi por falta de tentativas. O Google lançou o serviço de streaming de áudio Google Play Music em 2011. O YouTube Music Key chegou em 2014, dando aos assinantes vídeos de música sem propagandas. Esse serviço se transformou no YouTube Red em 2016, permitindo assistir a qualquer vídeo sem propaganda.

O novo serviço, chamado internamente de Remix, incluiria streaming sob demanda semelhante ao do Spotify e incorporaria elementos do YouTube, como videoclipes, disseram as pessoas. O YouTube entrou em contato com artistas para que eles ajudem a promover o novo serviço, disse uma das pessoas.

O YouTube deve vencer diversos obstáculos para cumprir a meta de março. O YouTube vem tentando negociar novos acordos com a Universal e a Sony há mais de um ano e também tem programado negociar com a Vevo no início do ano que vem. A Vevo, de propriedade da Universal e da Sony, distribui videoclipes dos artistas de ambas as empresas.

A indústria musical esperava que o Red fosse dedicado à música, mas o YouTube posicionou-o como um lar para projetos de vídeos originais, como a comédia de ficção científica “Lazer Team” e uma nova versão de “Karatê Kid”.

O YouTube contratou Lyor Cohen, ex-executivo da Warner Music, no ano passado para ajudar a administrar suas operações de música e ser um elo de ligação com as gravadoras. O Google transferiu grande parte da equipe do Google Play Music para o YouTube no início deste ano e Cohen anunciou planos para criar um novo serviço pago.

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