Tecnologia

YouTube exclui 5 milhões de vídeos por violação de conteúdo

Plataforma tem sido criticada por governos e anunciantes por sua política diante de conteúdos extremistas ou impróprios

Youtube: empresa destacou policiamento por software como medida para realizar remoções mais rapidamente (Dado Ruvic/Reuters)

Youtube: empresa destacou policiamento por software como medida para realizar remoções mais rapidamente (Dado Ruvic/Reuters)

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Reuters

Publicado em 24 de abril de 2018 às 20h11.

O YouTube, do Google, excluiu cerca de 5 milhões de vídeos de sua plataforma por violações da política de conteúdo no quarto trimestre antes de qualquer visualização, informou a empresa em relatório que destacou sua resposta à pressão para melhorar o policiamento da comunidade online.

O YouTube tem sido criticado por governos que dizem que a plataforma não faz o suficiente para remover conteúdo extremista, e por anunciantes, como a P&G e a Under Armour, que brevemente boicotaram o serviço quando involuntariamente anúncios foram publicados ao lado de vídeos considerados inadequados pelas empresas.

O YouTube afirmou no relatório desta segunda-feira que a aplicação automatizada por meio do software "está valendo a pena" em remoções mais rápidas. A empresa informou que não possui dados comparáveis ​​de trimestres anteriores.

O YouTube disse que ainda precisava de uma equipe interna de humanos para verificar as descobertas automatizadas em mais 1,6 milhão de vídeos que foram removidos depois que somente alguns usuários visualizaram.

O sistema automatizado não identificou outros 1,6 milhão de vídeos que o YouTube desativou depois que foram denunciados por usuários, organizações ativistas e governos.

"Eles ainda têm muito trabalho a fazer, mas devem ser elogiados nesse período", afirmou Paul Barrett, que tem observado o YouTube como vice-diretor do Centro Stern de Empresas e Direitos Humanos da Universidade de Nova York.

O Facebook também informou nesta segunda-feira que removeu ou colocou um selo de advertência em 1,9 milhão de conteúdos extremistas relacionados ao Estado Islâmico ou à al-Qaeda nos primeiros três meses do ano, ou quase o dobro do número do trimestre anterior.

Corrigir vídeos problemáticos, seja por meio de seres humanos ou máquinas, poderia ajudar o YouTube, um dos principais geradores de receita do Google, a impedir a regulamentação e garantir o sucesso de vendas. Por enquanto, os analistas dizem que a demanda por anúncios no YouTube continua robusta.

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