Tecnologia

YouTube e gravadoras não dançam no mesmo compasso na França

Site foi atacado no Midem, tradicional encontro da indústria da música, realizado em Cannes; Youtube teria pago US$ 1 bilhão à indústria da música


	Vídeo tirado do ar por conta de direitos autorais: Google diz que já pagou mais de 1 bilhão de dólares; Indústria da música diz que é pouco (e quer mais)
 (Reprodução/Exame.com)

Vídeo tirado do ar por conta de direitos autorais: Google diz que já pagou mais de 1 bilhão de dólares; Indústria da música diz que é pouco (e quer mais) (Reprodução/Exame.com)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2014 às 10h20.

São Paulo - O YouTube foi alvo de críticas no Midem, tradicional evento da indústria da música encerrado ontem em Cannes, na França. Segundo as gravadoras, o site está pagando pouco para o que fatura com música hoje.

"Quando eu olho para as bilhões de transmissões de vídeos de música e para os trocados que são pagos por isso, penso que é muito pouco", afirmou no evento Geoff Taylor, chefe-executivo da BPI, organização britânica que representa a indústria fonográfica.

"Nos últimos anos, pagamos à indústria da música mais de um bilhão de dólares", afirmou em sua defesa Tom Pickett, vice-presidente de conteúdo do YouTube - em declaração reproduzida pelo jornal inglês The Guardian.

Concorrentes

Para complicar ainda mais a situação, "concorrentes" do YouTube na área da música também estão insatisfeitos com a política do site. É o caso de serviços de streaming como o Deezer e o Spotify.

No Midem, o francês Axel Dauchez, chefe-executivo do Deezer, chamou o YouTube de "mais importante pirata legal". Recentemente, o Spotify reajustou (para baixo) sua tabela de pagamento às gravadoras tomando por parâmetro os valores pagos por um "serviço de streaming de vídeo". Muito provavelmente, o YouTube.

Números

De acordo com levantamento do site Thevideoink.com, vídeos de música representam hoje cerca de 40% do total de visualizações do YouTube. Além disso, eles também correspondem a quase 20% do total de conteúdo publicado no site.

Atualmente, o canal mais assistido do YouTube é o VEVO - que reúne vídeos de música. Com 4 bilhões de visualizações por mês, o Vevo já publicou mais de 100 mil vídeos e conta hoje com aproximadamente 330 milhões de assinantes.

Até 2016, a previsão é que a receita gerada por venda digital de música alcance 11,6 bilhões de dólares. Outra expectativa é de que esse tipo de comercialização supere as vendas físicas até 2017. Agora, é esperar para ver.

Acompanhe tudo sobre:ArteEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaEntretenimentoGoogleIndústria da músicaInternetMúsicaYouTube

Mais de Tecnologia

Sam Altman lança 'WhatsApp' focado em quem vendeu a íris em troca de criptomoedas

TSMC investirá US$ 100 bilhões em fábricas nos EUA, mas produção de ponta pode continuar em Taiwan

Google confirma Android 16 em junho

Apple terá que permitir lojas de apps alternativas no Brasil em 90 dias