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Yahoo negocia saída do Japão por US$8 bilhões, dizem fontes

Um acordo para vender a participação no mercado japonês resultaria em uma infusão de caixa vista como positiva por investidores, afirmaram analistas

Caso um acordo seja assinado, é provável que o Yahoo volte sua atenção à China, onde detém 40 por cento do Alibaba Group (Justin Sullivan/Getty Images)

Caso um acordo seja assinado, é provável que o Yahoo volte sua atenção à China, onde detém 40 por cento do Alibaba Group (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de março de 2011 às 13h32.

Nova York/Tóquio - O Yahoo está em negociações avançadas para abandonar sua joint-venture no Japão, como parte do esforço para reformular parcerias asiáticas disfuncionais e levantar até 8 bilhões de dólares para combater o Google e o Facebook.

Um acordo para transferir os 35 por cento de participação que a companhia detém no Yahoo Japan ao Softbank, que já possui 42 por cento do Yahoo, pode ser fechado nas próximas semanas, afirmaram pessoas próximas às negociações.

Caso um acordo seja assinado, é provável que o Yahoo volte sua atenção à China, onde detém 40 por cento do Alibaba Group, controlador do renomado serviço de Internet Alibaba, segundo as fontes. Não ficou claro o que o Yahoo pretende fazer quanto a essa participação.

O relacionamento entre Yahoo, Softbank e Alibaba amargou nos últimos anos. Jack Ma, fundador do Alibaba, vem batalhando para adquirir a participação do Yahoo em sua empresa, enquanto Masayoshi Son, fundador e acionista relevante do Softbank, tem criticado abertamente a falta de inovação do Yahoo e seu histórico nos mercados internacionais.

O Softbank também tem participação no Alibaba.

"Existe um relacionamento triangular entre eles. Qualquer coisa que aconteça com relação ao Alibaba teria de envolver todos os três," disse uma das fontes.

O Softbank informou que não está negociando com o Yahoo e que não tem intenção de comprar sua participação na joint-venture japonesa.


Um acordo para vender a participação do Yahoo no mercado japonês resultaria em uma infusão de caixa vista como positiva por investidores, afirmaram analistas em Tóquio.

Deixar o imenso e crescente mercado da China, onde as companhias ocidentais em geral fracassaram em contornar o regime regulatório severo e enfrentar concorrentes locais como a Baidu, causaria mais controvérsia.

Um porta-voz do Alibaba se recusou a comentar as intenções do Yahoo na China, embora em setembro passado a empresa tenha anunciado que "abandonou" o interesse pela compra da participação do Yahoo.

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