TV: aparelho da Xiaomi não conta com painel traseiro. Toda a estrutura de hardware fica na base inferior. (Xiaomi/Divulgação)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 12 de agosto de 2020 às 16h08.
Última atualização em 12 de agosto de 2020 às 17h38.
A Xiaomi revelou ao mercado a sua nova aposta no mercado de televisores. Trata-se do modelo Mi TV Lux Transparent Edition. O grande atrativo do aparelho que tem 55 polegadas e tela feita com material OLED é que, quando está desligado, ele se torna transparente. É quase como olhar diretamente para uma janela fechada.
Conforme anunciado pela fabricante chinesa e como é possível observar nas fotos, o modelo não conta com o tradicional painel traseiro que equipa a maioria dos televisores do mercado. Todo o “motor” do dispositivo está concentrado no suporte inferior, que serve como base de sustentação do equipamento.
Feita de OLED, a tela do televisor é extremamente fina mede 5,7 milímetros de espessura. Em relação às especificações técnicas, o produto conta com taxa de atualização de 120 Hz, profundidade de cor de 10 bits que traz mais de 1 bilhão de combinações de cor e tempo de resposta medido em 1 ms. O hardware é composto por um chip MediaTek modelo 9650.
Tudo isso tem um preço. E não é barato. O aparelho chega ao comércio chinês a partir de domingo (16) custando a partir de 49.999 yuan, valor próximo de 40 mil reais, em conversão direta para a moeda brasileira.
A Xiaomi não tem medido esforços para aumentar sua participação no mercado de TVs. Em abril, a companhia expandiu seu portfólio de produtos com os aparelhos Mi TV 4A 60 e Mi TV Pro 75. Em julho, lançou a smart TV Mi TV Master Series em uma tentativa de pressionar marcas tradicionais do setor, como Samsung, LG, TCL e Sony.
Dados da consultoria IHS Markit apontam que das cerca de 215 milhões de televisões vendidas em 2019, uma fatia de 5,8% foi comercializada pela Xiaomi. Enquanto isso, a Samsung é a líder absoluta do mercado desde 2006. No ano passado, a companhia sul-coreana foi responsável por 19,8% do comércio global de aparelhos. A também sul-coreana LG ficou em segundo lugar com 12,2% e superou as chinesas TCL (9,2%) e Hisense (7,8%).
O lançamento da Xiaomi é uma comemoração dos 10 anos de fundação da empresa. Conhecida como “Apple chinesa”, a companhia já ocupa a quarta posição no mercado global de smartphones. O portfólio de produtos da empresa, porém, é bem mais diversificado do que o de sua concorrente americana.
Além de celulares e televisores, a Xiaomi atua com uma gama de produtos que vai desde aspiradores de pó inteligentes até dispositivos usados para transformar cervejas em chopp. A companhia tem quase 400 produtos somente no Brasil.