Xiaomi: empresa tirou sarro da Apple por polêmica do carregador do iPhone (Kim Kyung-Hoon/Reuters)
Rodrigo Loureiro
Publicado em 25 de outubro de 2020 às 09h00.
A Apple causou barulho ao lançar o iPhone 12 sem o carregador na caixa (e tirar o acessório dos outros aparelhos comercializados pela empresa). Nesta semana, a Xiaomi resolveu cutucar sua rival sobre a prática e garantiu que vai manter o carregador em seus próximos lançamentos. A profissão mais valorizada na pandemia? Vire um "dev" com o curso de data science e Python da EXAME.
A companhia chinesa – que já foi apelidada anteriormente de Apple da China –, diz que pretende reduzir em até 50% o uso de plásticos em suas embalagens a partir da venda de aparelhos na Europa. Mas a empresa não vai retirar acessórios, como fez a Apple. Em uma postagem no Twitter, com fotos de um unboxing do aparelho Mi 10T Lite, a empresa disse que os consumidores terão “tudo o que é essencial”.
We unboxed the #Mi10TLite - Atlantic Blue variant 😎 You'll get all the essentials, just with less plastic waste. Starting in Europe, we've committed to reducing plastic packaging by about 60%. 🌏 pic.twitter.com/ai1yq3YR92
— Xiaomi (@Xiaomi) October 20, 2020
A justificativa da Apple para deixar de oferecer os carregadores (e os fones de ouvido) com os novos iPhones é de que muitos consumidores ainda utilizam os acessórios de outros iPhones e que disponibilizar mais acessórios poderia aumentar o consumo de plástico. Segundo a empresa da maçã, há 2 bilhões de adaptadores disponíveis nas casas dos usuários, além de 700 milhões de fones de ouvido com entrada lightning.
Ao não disponibilizar mais os acessórios com itens de fábrica na compra de um celular novo, a Apple consegue reduzir o tamanho das caixas do iPhone e, consequentemente, consegue transportar mais caixas por container. No fim, a empresa consegue reduzir os gastos com logística e com a emissão de gases. Mas não se deixe enganar, não foi para salvar o planeta que a Apple cortou o carregador.
Essa é a segunda vez que a Xiaomi alfineta sua concorrente neste sentido. O perfil brasileiro da marca chinesa no Twitter já havia feito uma postagem cutucando a Apple ao dizer que um dos aparelhos vendidos já tinha “carregador rápido de 33w incluso. Na caixa.” Samsung e Motorola também tiraram sarro da empresa de Cupertino.
#RedmiNote9Pro
Carregador rápido de 33w incluso. Na caixa. pic.twitter.com/QJBgfmJXrZ— Xiaomi Brasil (@XiaomiBrasil) October 13, 2020
Se a estratégia da Apple foi acertada ou não, isso só o tempo dirá. Certo é que a competição entre as fabricantes de smartphones ganhou um novo tempero e ficou ainda mais acirrada. De acordo com o site irlandês StatCounter, a liderança do setor é da Samsung com 30,6% de participação no mercado. A Apple tem uma fatia de 25% das vendas. A Xiaomi ocupa apenas o quinto lugar com 9,4%.