Tecnologia

Windows Phone luta para atrair desenvolvedores de apps

Microsoft e Nokia anunciaram que investirão um total de US$ 23,9 milhões em um novo programa para o desenvolvimento de aplicativos, o AppCampus

Os aplicativos mais populares entre os usuários estão disponíveis no Windows Phone, mas os produtores de muitos apps menores ou especializados não trabalham com ela (Kevork Djansezian/Getty Images)

Os aplicativos mais populares entre os usuários estão disponíveis no Windows Phone, mas os produtores de muitos apps menores ou especializados não trabalham com ela (Kevork Djansezian/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 11h47.

Bangalore - Aplicativos, muitos aplicativos. Este é o principal desafio enfrentado pela Microsoft e pela Nokia neste momento, quando ambas tentam reconquistar o mercado perdido para o iPhone, da Apple, e para o Android, do Google, no aquecido mercado de celulares inteligentes.

E até agora as coisas não parecem boas para os novos desafiantes e sua arma de contra-ataqu, a plataforma Windows Phone.

Os "apps", ou aplicativos, são pequenos programas que fazem coisas divertidas ou úteis em celulares. O grande número e variedade de aplicativos nas lojas da Apple e do Google é um fator importante que ajudou as duas companhias a se tornarem protagonistas dominantes no lucrativo mercado de celulares inteligentes.

Na segunda-feira, Microsoft e Nokia anunciaram que investirão um total de 18 milhões de euros (23,9 milhões de dólares) em um novo programa para o desenvolvimento de aplicativos, o AppCampus, que será conduzido pela Universidade Aalto, de Helsinque, nos próximos três anos.

A decisão demonstra a seriedade com que as duas empresas encaram o problema.

Os aplicativos mais populares entre os usuários, tais como os do Facebook, Twitter, Foursquare e Evernote, estão disponíveis na plataforma Windows Phone, mas os produtores de muitos aplicativos menores ou especializados não trabalham com ela.

O número de aplicativos disponíveis no Windows Phone Marketplace supera os 65 mil, deixando para trás outra concorrente, a Research in Motion e sua BlackBerry Store.

Mas ainda continua muito abaixo dos 500 mil aplicativos disponíveis na App Store da Apple ou no mercado Google Play, de acordo com a Distimo, que pesquisa sobre aplicativos.

O pior é que apenas 37 por cento dos criadores de aplicativos estão dispostos a produzir programas para o Windows Phone, de acordo com o mais recentemente levantamento IDC/Appcelerator. O número caiu ligeiramente ante a pesquisa anterior.

Para os demais sistemas, 89 por cento dos entrevistados se declaram interessados em desenvolver aplicativos para o iPhone e 79 por cento deles em desenvolver aplicativos para o Android.


"O interesse de desenvolvedores de aplicativos móveis pela plataforma Windows tem sido fraca nos últimos dois anos, sem sinal de melhora", disse Pierre Ferragu, analista da Sanford C. Bernstein.

A Microsoft lançou seu mais recente sistema operacional Windows Phone 7.5, o Mango, no ano passado e obteve boas críticas. E a Nokia, que luta para retomar espaço no mercado de smartphones de rivais como Apple e Samsung, apresentou em 2011 sua linha de aparelhos Lumia que rodam o Mango.

Mas a falta de aplicativos e baixa qualidade de alguns deles têm prejudicado o apelo do Lumia.

Finn Christian Lindholm, sócio da agência de design digital Fjord, de Helsinque, acredita que os mais recentes aparelhos com Windows Phone são interessantes o suficiente para desafiar o iPhone.

O ponto mais importante para as duas empresas agora é reverter o ciclo vicioso de baixas vendas de telefones com Windows, algo que afasta desenvolvedores de aplicativos, o que, por sua vez, afasta consumidores, disse Lindholm.

Acompanhe tudo sobre:AppsEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaMicrosoftNokiaTecnologia da informaçãoWindows

Mais de Tecnologia

Fabricante do jogo processa SpaceX de Elon Musk e pede US$ 15 milhões

Gigantes das redes sociais lucram com ampla vigilância dos usuários, aponta FTC

Satélites da SpaceX estão causando interferência nos equipamentos de pesquisadores, diz instituto

Desempenho do iPhone 16 chama atenção e consumidores preferem modelo básico em comparação ao Pro