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WhatsApp trava guerra silenciosa contra quadrilhas e bloqueia 6,8 milhões de contas de golpistas

Meta intensifica varreduras após detectar uso de IA em golpes originados no sudeste asiático

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 10h01.

O WhatsApp bloqueou 6,8 milhões de contas ligadas a atividades fraudulentas somente no primeiro semestre de 2025. A controladora Meta também revelou também ter identificado tentativas coordenadas de golpes envolvendo uso de inteligência artificial para atrair vítimas.

A maioria das contas desativadas estava vinculada a centros de fraude no sudeste asiático, de onde partiam mensagens com promessas de lucro rápido, investimento em criptomoedas e esquemas de pirâmide. A Meta destacou que os ataques têm sido orquestrados por redes criminosas cada vez mais sofisticadas, muitas vezes usando deepfakes e linguagem convincente gerada por IA.

“Nossa equipe identificou e desativou as contas antes que essas organizações criminosas pudessem usá-las em larga escala”, afirmou Clair Deevy, diretora de assuntos externos do WhatsApp. Segundo a executiva, o bloqueio preventivo é parte de uma estratégia para impedir a proliferação dos golpes antes que causem danos reais.

Entre os casos mais recentes, a Meta identificou uma campanha rastreada até o Camboja, em que golpistas utilizavam o ChatGPT para criar mensagens com links direcionando usuários ao WhatsApp. O objetivo era levar as vítimas a interações fraudulentas com promessas de lucros fáceis ou cobranças falsas.

Golpes de sempre, com táticas novas

Ainda que as promessas não sejam novas — como retorno financeiro elevado com baixo risco ou alertas falsos de dívidas —, a sofisticação dos textos e abordagens tem aumentado. A Meta passou a alertar os usuários com novos “resumos de segurança” sempre que são adicionados a grupos desconhecidos. A ferramenta fornece informações básicas sobre o grupo, sugestões para identificar golpes e uma opção para sair rapidamente.

“Sempre há uma armadilha”, afirmou o WhatsApp em nota. “Desconfie de promessas que exigem pagamento adiantado. É um padrão comum entre os golpes: pagar primeiro para ganhar depois.”

A big tech reforça que a engenharia social segue sendo a principal arma dos golpistas: “Eles se aproveitam da boa fé, do medo ou da urgência. Se você sentir pressão para agir rápido, especialmente com dinheiro, pare e questione.”

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