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WhatsApp premia pesquisas de desinformação com US$ 1 milhão

Aplicativo premiou 20 projetos sobre fake news, desinformação em campanha eleitoral e seus efeitos

 (Reprodução/Getty Images)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 13 de novembro de 2018 às 11h26.

Última atualização em 13 de novembro de 2018 às 11h30.

São Paulo – Após um período conturbado de eleições no Brasil, o WhatsApp anuncia nesta semana os ganhadores do seu projeto de pesquisa contra desinformação em plataformas digitais de comunicação. Entre as mais de 600 propostas recebidas a partir de julho deste ano, a empresa premiou 20 com 50 mil dólares cada, totalizando 1 milhão de dólares.

Os vencedores da premiação do WhatsApp são de diferentes países: Brasil, Índia, Indonésia, Israel, México, Holanda, Nigéria, Cingapura, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

Os projetos brasileiros foram criados por integrantes do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS Rio) e por pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A iniciativa do ITS Rio tem foco na alfabetização digital e jovens na América Latina, enquanto a da UFRJ é voltado para análise de informações religiosas sobre evangélicos, afro-brasileiros, ateus e católicos no Brasil.

Nenhum projeto 100% brasileiro venceu na categoria de notícias falsas em eleições. Ainda assim, o país é tema de uma das pesquisas selecionadas: "Compartilhamento de informações e comportamento de voto nas eleições brasileiras de 2018", que conta com a colaboração de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais e da Universidade de Syracuse (EUA). O objetivo do estudo é compreender o impacto do WhatsApp em campanhas eleitorais, na perspectiva dos usuários, até que ponto compartilham as informações recebidas com seus contatos e como veem a credibilidade do que é enviado por meio do aplicativo.

Com a premiação, o WhatsApp espera se aproximar dos pesquisadores para ajudar a solucionar os problemas que tem com notícias falsas na sua plataforma, um problema que afeta seus maiores mercados: Índia e Brasil. Ainda assim, o app toma outras medidas para resolver a questão. Neste ano, houve a estreia da etiqueta de encaminhamento de mensagens, o limite de compartilhamento em massa e parcerias com projetos jornalísticos e educativos.

“O WhatsApp se preocupa profundamente com a segurança de nossos usuários, e agradecemos a oportunidade de aprender com especialistas internacionais sobre como podemos continuar ajudando a resolver o impacto da desinformação. Reconhecemos que esta questão traz um desafio de longo prazo, que deve ser enfrentado em parceria com os outros. Esses estudos nos ajudarão a desenvolver as mudanças que fizemos recentemente no WhatsApp e apoiar amplas campanhas de educação para ajudar a manter as pessoas seguras”, afirmou, em nota, Mrinalini Rao, pesquisadora líder do WhatsApp.

Veja a lista completa de projetos premiados aqui.

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