Tecnologia

Concorrentes poderosos dificultam avanço do WhatsApp na Ásia

App pode não ter capacidade de sustentar o crescimento explosivo citado pelo Facebook para justificar seu preço de 19 bilhões de dólares


	Whatsapp: após um período em que os aplicativos de mensagens eram simplesmente de mensagens, agora o WeChat, da Tencent Holdings, o LINE e KakaoTalk oferecem uma série de serviços adicionais
 (Flickr.com/qiaomeng)

Whatsapp: após um período em que os aplicativos de mensagens eram simplesmente de mensagens, agora o WeChat, da Tencent Holdings, o LINE e KakaoTalk oferecem uma série de serviços adicionais (Flickr.com/qiaomeng)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2014 às 11h47.

Singapura - O WhatsApp pode ser imensamente popular, mas suas incursões na Ásia, maior mercado de telefonia móvel do mundo, têm tido sucesso misto, levantando questões sobre sua capacidade de sustentar o crescimento explosivo citado pelo Facebook para justificar seu preço de 19 bilhões de dólares.

Dados da empresa de métricas em aplicativos Annie, por exemplo, mostram que o WhatsApp é o primeiro aplicativo de comunicação em apenas três dos 13 países asiáticos rastreados - Hong Kong, Índia e Cingapura.

"O WhatsApp tem sido um forte competidor na Ásia, mas no ano passado ele enfrentou forte concorrência do LINE e do WeChat", disse Neha Dharia, analista baseado na Índia da Ovum, uma consultoria de tecnologia. "O WhatsApp não foi deslocado por estes competidores, mas viu forte concorrência no crescimento de sua participação de mercado."

O Facebook disse na quarta-feira que irá comprar o WhatsApp por 19 bilhões de dólares em dinheiro e ações, em um negócio com valor superior ao levantado pelo Facebook em sua própria abertura de capital na bolsa.

Para muitos usuários, o WhatsApp substituiu o caro envio de mensagens SMS. Desde o seu lançamento, em 2009, ele construiu uma base de 450 milhões de usuários ativos mensais.

Ao se unirem, Facebook e WhatsApp podem ser capazes de assumir mercados nos quais o Facebook tem tido sido atuação evasiva.

Com o Facebook bloqueado na China, e ficando atrás do Twitter e do LINE, da Naver Corp no Japão, o WhatsApp "é uma avenida potencial para o Facebook" nesses mercados, disse Vincent Stevens, gerente sênior da consultoria de telecomunicações Delta Partners.

Mas o Facebook e o WhatsApp enfrentam inimigos formidáveis. Após um período em que os aplicativos de mensagens eram simplesmente de mensagens, agora o WeChat, da Tencent Holdings, o LINE e KakaoTalk oferecem uma série de serviços adicionais, incluindo ícones e jogos para a compra de bens e serviços.

"O LINE e os outros são muito diferentes do WhatsApp. Eles são muito mais inovadores nos modelos de negócios em que se envolvem", disse Michael Vakulenko, da VisionMobile, uma consultoria sediada no Reino Unido. "Eles estão inovando muito mais rápido que o WhatsApp e indo em uma direção diferente."

Acompanhe tudo sobre:AppsÁsiaEmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookInternetRedes sociaisWhatsApp

Mais de Tecnologia

Intel descarta venda de participação na Mobileye e ações da empresa disparam

YouTube expande anúncios em vídeos pausados para todos os anunciantes

Kremlin volta a usar YouTube, enquanto restringe o acesso de russos à plataforma

Netflix atinge 94 bilhões de horas assistidas no primeiro semestre de 2024, afirma CEO