Logo do Whatsapp 12/04/2020 REUTERS/Dado Ruvic (Dado Ruvic/Reuters)
Reuters
Publicado em 16 de novembro de 2020 às 13h46.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira que o Whatsapp, aplicativo de mensagens do Facebook, entrará em pagamentos no Brasil "em breve" e que a autoridade monetária mantém conversas com o Google nesse sentido, além de outras gigantes de tecnologia que ele não mencionou nominalmente.
Ao ser questionado se o Whatsapp iria entrar em pagamentos dentro do sistema de pagamentos instantâneo Pix ou fora dele, Campos Neto respondeu, em coletiva de imprensa, que a empresa começará com transferências de valores entre pessoas, no desenho conhecido como P2P ('peer to peer').
"Whatsapp vai entrar, vai começar fazendo P2P em breve. Eu tenho conversado bastante com o CEO do Whatsapp, inclusive ele tem me dito que o processo no Banco Central foi mais rápido do que em outros países", disse.
"Então a gente está avançando bastante com o processo, vai começar com P2P e depois vai fazer P2M (transferência entre pessoas e estabelecimentos). Nossa única preocupação é passar por todos os critérios de aprovação e que a gente tenha sistema que fomente competição, do mesmo jeito que estamos conversando com Google e com outros", completou.
Além do Whatsapp, o BC está conversando com o Google e outras big techs, pontuou Campos Neto, destacando que há vontade de estar no Brasil, que conta com mercado consumidor "bastante amplo", com "oportunidade na digitalização".