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Wall Street vê sentido em negócio entre WhatsApp e Facebook

As ações do Facebook caíram cerca de 3 por cento no início dos negócios nesta quinta-feira, perdendo 5,2 bilhões de dólares de valor de mercado.

facebook (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 12h45.

A compra pelo Facebook do serviço de mensagem instantânea de rápido crescimento WhatsApp por 19 bilhões de dólares surpreendeu os mercados, mas analistas dizem que o negócio tem sentido estratégico e que irá solidificar a posição da rede social como líder em dispositivos móveis.

As ações do Facebook caíram cerca de 3 por cento no início dos negócios nesta quinta-feira, perdendo 5,2 bilhões de dólares de valor de mercado. Às 13h16, o papel caía 2,3 por cento.

Pelo menos duas corretoras reduziram suas recomendações para a ação do Facebook, para "manutenção", mas a maioria esmagadora de analistas permanecem otimistas com o papel.

O Facebook irá pagar mais do que o dobro de sua receita anual pelo programa de mensagens que tem pouca receita.

Mas analistas destacaram que o WhatsApp tem atualmente cerca de 450 milhões de usuários.

"O Facebook é o líder global em compartilhamento social. Agora, tem a significativa oportunidade de se tornar líder global em comunicações", disse o RBC Capital Markets, em relatório.

Analistas disseram que o preço pelo WhatsApp, fundado em 2009 pelos antigos funcionários do Yahoo Jan Koum e Brian Acton, parece razoável do ponto de vista de valor por usuário.

O WhatsApp é muito mais forte que o Facebook Messenger na Europa, na América Latina, na África e na Austrália, e atraiu muitos jovens em um momento em que crescem os temores de que estes estejam saindo do Facebook.

O Facebook irá pagar o equivalente a 42 dólares por usuário, comparado com um valor de mercado de 170 dólares por usuário do Facebook, e 212 dólares no caso do Twitter, disse Ross Sandler, do Deutsche Bank, em nota.

Os volume de 450 milhões de usuários do WhatsApp está bem abaixo do total de 1,2 bilhão do Facebook, mas os usuários do primeiro são mais ativos. Em qualquer dia, 70 por cento deles estão ativos, comparado com 62 por cento no Facebook.

Dos 44 analistas que cobrem a rede social, 37 têm recomendação de "compra" para a ação, segundo dados da Thomson Reuters. Nenhum recomenda "venda".

Alguns analistas, porém, disseram que o Facebook estava pagando um preço alto para impedir que um rival comprasse o WhatsApp.

Brian Wieser, da Pivotal Research, que reduziu a recomendação de compra para "manter", disse esperar que as ações do Facebook fiquem pressionadas no curto prazo, conforme investidores conheçam os termos e risco de futuras aquisições.

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