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Votorantim anuncia a compra da Proceda

Especializada em serviços de tecnologia da informação, a companhia deve ser incorporada à Optiglobe no próximo ano

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h20.

A Votorantim Novos Negócios deu mais um passo para consolidar a presença no mercado de prestação de serviços de tecnologia da informação (TI). Após adquirir 100% da Optiglobe, em 2002, a companhia anunciou, nesta sexta-feira (3/12), a compra de todo o capital da Proceda, que pertencia ao grupo americano MCI Worldcom. O valor da transação não foi revelado (leia também reportagem de EXAME sobre a terceirização da área de TI).

A aquisição integra a estratégia da Votorantim Novos Negócios de criar uma empresa completa de serviços de TI, a fim de disputar o mercado com concorrentes de peso, como a IBM e a HP, cujo portfólio de serviços estende-se da manutenção de hardwares e gestão de softwares, até a elaboração de planos de negócios de TI e gerenciamento de redes de dados. "Os clientes querem, cada vez mais, quem atenda todas as suas necessidades, por isso, queremos nos tornar um full service provider", afirma Artur Ribeiro Neto, diretor executivo da Votorantim. Ribeiro Neto assumiu a presidência interina da Proceda, a fim de comandar a transferência do negócio.

Fusão

Nos próximos 12 meses, a Votorantim deve fundir a Optiglobe e a Proceda, transformando-as numa única empresa. Por enquanto, porém, as duas controladas operarão com estruturas distintas. Não está definido nem mesmo o nome da nova companhia. "A fusão será feita com muito cuidado. Vamos estudar as empresas nesse período", diz Ribeiro Neto.

Neste ano, a Optiglobe registrará uma receita líquida de 80 milhões de reais e a Proceda, de 130 milhões de reais. Conforme o executivo, a prioridade, em 2005, não será elevar o faturamento das empresas embora espere-se algum crescimento mas sim consolidar a fusão. Em 2004, a receita da Optiglobe, por exemplo, cresceu 20%.

Segundo Ribeiro Neto, as sinergias entre os dois negócios estimularam a compra. A Optiglobe, por exemplo, opera com diversas plataformas para sistemas de gestão integrada, como ERP e SAP. Já a Proceda possui uma boa estrutura de mainframes, com a qual atende ao mercado financeiro, além de uma rede de troca de dados EDI (Eletronic Data Interchange). "Há uma grande complementariedade entre os portfólios", afirma Ribeiro Neto.

Com a aquisição da Proceda, a Votorantim Novos Negócios passa a operar também no setor de processamento de cartões eletrônicos, área em que a Optiglobe não atua. A nova controlada também já desenvolve alguns trabalhos no segmento de private label (cartões de marcas próprias, como Extra, Pão de Açúcar, etc). "Nossa intenção é investir no cross-selling (venda cruzada) explorando a troca de produtos entre a base de clientes de cada empresa", diz Ribeiro Neto.

A carteira de clientes da Proceda soma 220 empresas, além de 60 mil clientes de EDI. Seu forte é o mercado financeiro, fator que pesou bastante para que a Votorantim decidisse investir no negócio. Já a Optiglobe possui 150 clientes corporativos.

Futuras aquisições

Paulo Henrique de Oliveira Santos, presidente da Votorantim, reconhece que, mesmo juntas, as duas companhias ainda precisarão de algum reforço até terem total condição de competir com os líderes do mercado. Por isso, não descarta a aquisição de novas empresas que possam completar o leque de serviços da companhia que será criada a partir da fusão. "É possível que haja novos negócios da Votorantim na área de TI em 2005", afirma Santos.

A Votorantim Novos Negócios possui 300 milhões de dólares para investir na expansão do portfólio, que já conta com oito empresas, mais a recém-adquirida Proceda. Até o momento, os negócios absorveram 90 milhões de dólares. "Temos disponibilidade de caixa para novas compras", afirma Santos.

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