Tecnologia

Vodafone busca parcerias para criar redes europeias velozes

Intenção da empresa é atender à insaciável demanda por velocidades mais rápidas num momento em que consumidores não estão dispostos a pagar um preço alto

Vodafone comprará uma participação de 33 por cento detida por algumas subsidiárias da Essar (Getty Images)

Vodafone comprará uma participação de 33 por cento detida por algumas subsidiárias da Essar (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2012 às 16h32.

Barcelona - A operadora de telefones celulares Vodafone se ofereceu para se unir a empresas concorrentes com o objetivo de dividir os gastos de 30 bilhões de euros necessários para construir novas redes de telefonia celular na Europa, num sinal das crescentes exigências realizadas a operadoras.

O presidente-executivo Vittorio Colao disse que foi ao encontro de concorrentes na Alemanha, Espanha e Itália para oferecer a possibilidade de investir em conjunto em novas redes para atender à insaciável demanda por velocidades mais rápidas num momento em que consumidores não estão dispostos a pagar um preço alto.

"Até agora, não fomos bem sucedidos em convencê-los de que essa é uma boa ideia, mas estamos animados com sua execução", disse Colao nesta segunda-feira na Mobile World Congress em Barcelona.

"Se os tempos estão difíceis e não há dinheiro suficiente, nós provavelmente deveríamos seguir na direção de um investimento em conjunto e ter uma infraestrutura financiada coletivamente", disse.

Operadoras europeias como a Vodafone e a Telecom Italia usaram o primeiro dia da reunião anual do mercado de telefonia celular para alertar reguladores de que teriam dificuldades para investir em redes caso não houvesse uma redução no fardo regulatório colocado em seus modelos de negócios.

No centro do problema está a contínua redução nas chamadas tarifas de interconexão, uma taxa que as operadoras cobram umas das outras para conectar chamadas, que tem sofrido lenta erosão da parte da Comissão Europeia.

Tarifas sobre a realização de chamadas a outros países também estão diminuindo. As operadoras têm precisado apostar agressivamente em leilões de frequências para atender à demanda de consumidores por redes rápidas que suportam vídeo e jogos em smartphones, laptops e tablets.

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