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Visa e MasterCard se unem ao boicote contra WikiLeaks

Empresas vão bloquear os pagamentos enquanto as investigações sobre a atuação do site não for concluída

O WikiLeaks é financiado por doações pessoais (Joe Raedle/Getty Images)

O WikiLeaks é financiado por doações pessoais (Joe Raedle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 15h52.

Washington - As empresas financeiras Visa e MasterCard anunciaram nesta terça-feira que bloquearão os pagamentos que forem feitos ao site WikiLeaks, o que representa um novo golpe às finanças do grupo fundado pelo australiano Julian Assange.

Tal como informa nesta terça-feira a emissora "CBS", a empresa de cartões de crédito Visa informou que suspenderá todos os pagamentos realizados ao site WikiLeaks, enquanto se resolvem as investigações em andamento sobre as atividades da organização.

A MasterCard também tomou decisão similar, confirmou nesta terça-feira o site especializado em tecnologia CNET.

"A MasterCard tomou medidas para assegurar que o WikiLeaks já não pode aceitar ativos com a bandeira MasterCard", indica ao CNET um porta-voz da MasterCard Worldwide.

O argumento dessa empresa é que o WikiLeaks, que realizou uma divulgação em massa de correspondências diplomáticas dos Estados Unidos, está cometendo uma "atividade ilegal".

A decisão das duas empresas de pagamento se une a outras empresas que prestavam serviços financeiros ao WikiLeaks, uma organização que, como reconheceu seu fundador, se financia basicamente com doações privadas.

Já no sábado passado, o site de pagamentos pela internet PayPal disse que havia decidido cancelar a conta que o WikiLeaks tinha aberto para recolher doações.

As autoridades suíças também decidiram nesta segunda-feira fechar a conta bancária que Assange usava, o que dificultaria ainda mais o acesso aos fundos.

O WikiLeaks respondeu a esses ataques fazendo os pedidos pela internet para obter contribuições particulares.

Enquanto isso, em Londres, Julian Assange foi detido depois de se entregar voluntariamente à Justiça, para responder pelas acusações de estupro e agressão sexual que pesam contra ele na Suécia.

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