Presidente e COO da Verizon, Lowell McAdam fala sobre a tecnologia 4G durante a CES 2011 (Justin Sullivan/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2012 às 14h59.
São Paulo - Pouco a pouco, as diversas iniciativas de lojas de aplicativos criadas e gerenciadas por operadoras móveis fecham as portas. Depois do fim da WAC (Wholesale Application Community) e do fechamento das lojas de aplicativos do grupo Telefônica na Alemanha, na Espanha e na Argentina, agora foi a vez da norte-americana Verizon Wireless decretar o encerramento da Verizon Apps.
A loja, criada em 2010, encerrará suas atividades em janeiro do ano que vem. O ícone de acesso será removido remotamente dos telefones dos assinantes da operadora entre janeiro e março de 2013.
Os aplicativos baixados da loja, tanto os pagos quanto os gratuitos, continuarão instalados nos telefones dos usuários e funcionando normalmente, a não ser aqueles que envolvam pagamento recorrente de uma assinatura. Estes últimos pararão de funcionar. A última assinatura será cobrada na conta de dezembro da operadora.
A justificativa oficial apresentada pela empresa em seu site é de que maioria dos títulos disponíveis na Verizon Apps pode ser encontrada em outras lojas, como o Google Play, e o fechamento "simplifica a experiência de compra e de download do usuário".
Análise
Quando surgiu a App Store, da Apple, e o então Android Market, do Google, muito se falou que as operadoras perderiam o controle sobre a experiência do usuário de telefonia celular e virariam meros canos para tráfego de dados. A criação de lojas de aplicativos próprias foi uma tentativa de evitar essa perda. Só que não deu certo.
As razões para o fracasso são simples: as operadoras não foram capazes de atrair uma quantidade significativa e relevante de desenvolvedores e, consequentemente, de aplicativos para as suas lojas. Ou pelo menos não na mesma velocidade e qualidade das lojas concorrentes.
A vantagem de pagamento na conta telefônica e de uso de APIs de suas redes não fizeram a diferença, talvez por não terem tido seu valor percebido por desenvolvedores e consumidores, ou talvez porque não eram vantagens tão valiosas assim.
2012 foi marcado como o ano em que as teles jogaram a toalha em relação ao controle na venda de aplicativos móveis. O primeiro sinal veio de quem foi um dos principais incentivadores das teles: a Qualcomm descontinuou sua solução para lojas de de teles, conhecida como Plaza.
Depois, em abril, veio a notícia do fechamento da O2 Apps e da Movistar App Store, ambas do grupo Telefônica. O maior baque aconteceu em julho, com o fechamento da WAC, que seria uma plataforma internacional de apps compartilhada por várias operadoras. E agora vem a notícia do fim da Verizon Apps.