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Vendas de celulares têm queda histórica no Brasil no 2º trimestre

A pandemia do novo coronavírus fez o mercado de celulares no Brasil despencar de acordo com a consultoria IDC

Mercado de celulares: pandemia prejudica venda de dispositivos durante os meses de abril a junho (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Mercado de celulares: pandemia prejudica venda de dispositivos durante os meses de abril a junho (Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

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Maria Eduarda Cury

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 15h56.

Durante o segundo trimestre de 2020, o mercado de celulares no Brasil apresentou uma queda de 30,7% em relação ao mesmo período do ano passado. A análise foi realizada pela consultoria IDC, que mediu a comercialização dos aparelhos durante os meses de abril a junho deste ano.

Neste período, apenas 9,6 milhões de aparelhos foram vendidos, e os especialistas dizem que a paralisação do comércio causada pela pandemia do novo coronavírus foi uma das principais causas pela queda histórica.

Além disso, a restrição temporária de alguns voos internacionais também prejudicou o setor, que ficou meses sem o abastecimento de equipamentos necessários para a produção. Segundo a consultoria, 8,7 milhões de aparelhos vendidos foram pelos canais oficiais e legais. Já no mercado cinza, foram vendidos 790,4 mil smartphones - um aumento de 8,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

A análise também informa que o setor de smartphones foi o único do mercado cinza que apresentou crescimento.

O estudo também mostrou que os aparelhos de alta tecnologia foram mais procurados do que os intermediários - cerca de 3,3 milhões de unidades foram vendidas somando o mercado cinza com o oficial.

Enquanto isso, os preços dos modelos intermediários aumentaram cerca de 22,9% no mercado oficial e 36,2% no mercado cinza em relação ao mesmo período de 2019, para que pudessem resistir ao agravamento das vendas.

A pesquisa também informa que a receita geral do mercado de smartphones durante o segundo trimestre deste ano foi de 14,8 bilhões de reais, cerca de 8,5% a menos do que o mesmo período de 2019. Smartphones faturaram 14,3 bilhões, enquanto os telefones básicos (os chamados feature phones) faturaram 82,64 milhões de reais.

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