Tecnologia

Veja perfomance de grandes sites na 1ª hora da Black Friday

Medições de EXAME.com mostram problemas com a velocidade do carregamento de páginas em sites que vendem produtos tecnológicos

E-commerce: lojas apresentaram lentidão e quedas durante a Black Friday (Raul Junior/EXAME.com)

E-commerce: lojas apresentaram lentidão e quedas durante a Black Friday (Raul Junior/EXAME.com)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 17h49.

São Paulo – A Black Friday no Brasil é um dos eventos de vendas online mais importantes do ano. Portanto, as empresas de e-commerce se preparam para a data com meses de antecedência. Mas nem todas elas conseguem oferecer uma experiência de compras totalmente livre de problemas. 

EXAME.com monitorou alguns dos maiores sites que vendem produtos tecnológicos durante a primeira hora da Black Friday.

As lojas observadas com a ferramenta Speed Gun foram: Americanas.com, Girafa, KaBuM, Magazine Luiza, Submarino e Walmart. O tempo de resposta de cada site foi mensurado minuto a minuto até a 1h desta sexta.

A empresa que apresentou o maior problema de tempo de resposta na primeira hora do evento foi a KaBuM. Durante os testes, a loja levou até 23 segundos para carregar o mínimo de informações necessárias para que o internauta pudesse realizar a compra.

A empresa que proporcionou a pior experiência ao internauta na primeira hora do evento foi a Submarino. Durante os testes, a loja levou até 32 segundos para carregar o mínimo de informações necessárias para que o internauta pudesse realizar a compra. Já o KaBuM teve problemas sérios na primeira meia hora do evento e chegou a ficar fora do ar.

Os gráficos abaixo representam o tempo de carregamento total, tempo em que o usuário recebe uma resposta visual (perceived time) e tempo de início e resposta de uma requisição. O eixo horizontal do gráfico representa a quantidade de testes, realizados de minuto a minuto - por pouco mais de uma hora em alguns casos. O eixo vertical do gráfico tem o tempo em milisegundos.  

Há no gráfico uma linha de tendência em relação ao tempo de carga total. Quanto mais linear mais estável foi o site. Gráficos com muitos picos são um forte indício de problemas ou congestionamento de acesso. Vale dizer que as medições são indicativos e que não foram levadas em conta variações da conexão do usuário. O objetivo foi simular um usuário comum acessando estes sites. O teste foi realizado na rede da operadora NET, em São Paulo, com uma conexão de 10 Mbps. 

Confira os resultados das medições de EXAME.com.

(EXAME.com)

Em nota, o KaBuM, que recebeu a pior colocação no ranking de reclamações do Reclame Aqui, informou que "houve uma redução na taxa de reclamação x pedidos recebidos" e que "o número de reclamações recebidas representa apenas meio por cento do número total de vendas realizadas". 

A companhia disse ainda o seguinte sobre pacote de produtos participantes da Black Friday: "Mesmo que disponibilizado em quantidade razoável, é gerada uma frustração e um óbvio descontentamento por parte de quem não conseguiu adquirir o item, o que é absolutamente compreensível".

Sobre os problemas enfrentados pelas empresas durante a Black Friday, Ronaldo Cunha, diretor de cloud da Globalweb Corp, afirmou que a contratação de servidores na nuvem é uma solução adequada para oferecer uma hora experiência aos internautas, por conta de sua "escalabilidade”. Ou seja, mais servidores são habilitados conforme necessário.

No entanto, esse processo não é automático e pode levar de 3 a 5 minutos para acontecer. Por isso, para Rafael Forte, da Vtex, é preciso monitorar constantemente o fluxo de visitas de um site para que uma boa experiência de navegação seja oferecida e mais vendas sejam realizadas.

Mais testes

Em outros testes de EXAME.com, notamos que outras lojas também apresentaram problemas de acesso por excesso de visitas: a Fast Shop e a Loja Asus. O aplicativo da Magazine Luiza, onde a loja realizou promoções especiais de Black Friday, também contou com relatos de dificuldade de uso, que foram minimizados pela empresa, em nota enviada à redação.

Em outubro deste ano, quando o app da Magazine Luiza foi lançado, André Fatala, engenheiro-chefe do Luiza Labs, o laboratório de desenvolvimento tecnológico e digital do Magazine Luiza, afirmou o seguinte a EXAME.com: “Todos os apps e o site do Magazine Luiza estão na nuvem, por isso, não sofremos tanto com o tráfego intenso”.

A loja da Asus informou que "identificou a situação gerada pelo excesso de visitas e corrigiu a situação para que os consumidores possam desfrutar de descontos de até 60%".

A Fast Shop disse que efetuou testes no sistema de seu canal online de vendas e não foram detectados problemas. 

*Com colaboração de Luiz Cruz

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