São Paulo – Uma startup brasileira lançou uma plataforma que permite que pessoas em qualquer parte do mundo vejam designers e ilustradores desenhando ao vivo. O site é o Sywork, uma abreviação para “Show Your Work” – mostre seu trabalho em inglês. Dentro dele, cada artista tem seu próprio canal para expor trabalhos.

Para assistir aos vídeos, o usuário só precisar acessar o site. Ele também pode se cadastrar gratuitamente para se inscrever nos canais. Os usuários recebem notificações quando um artista está online. Dentro dos canais, é possível assistir a vídeos antigos também.

A plataforma é uma maneira de designers e ilustradores apresentarem seus trabalhos. “É como se cada artista pudesse ter seu canal de televisão”, diz Marcelo Echeverria, fundador do Sywork, em entrevista a EXAME.com.

Para transmitir os vídeos, o artista precisa instalar um programa que irá fazer streaming da tela em tempo real para a audiência. "Os artistas prezam muito pela qualidade do vídeo. Mas é importante que ele tenha uma boa conexão na internet para a transmissão ser perfeita”, diz o fundador.

Artistas poderão ganhar dinheiro com arte no site. Usuários poderão comprar obras de artistas -- em formato digital ou impressas. O trabalho de impressão, enquadramento e envio será feito pela Sywork. Outra forma de auxílio é o sistema de doações, que permite que usuários doem para os artistas. Echeverria diz que será possível colocar anúncios nos canais em um futuro próximo.

“A Sywork vai ficar com um percentual das recompensas e da publicidade”, esclarece Echeverria. “No entanto, nosso objetivo é permitir que os artistas ganhem dinheiro, já que muitos não conseguem viver de sua arte."

Como surgiu a ideia

Antes de criar a startup, Echeverria trabalhava como gerente de marketing e seu sócio, Felipe Mechailech, era dono de uma companhia de desenvolvimento.

Os dois gostavam de arte e decidiram criar o Sywork. Para arrecadar fundos, se inscreveram no concurso da Y Combinator – uma das maiores aceleradora de startups do momento.

Depois de várias fases, foram uma das startups selecionadas. “Cerca de 10 mil projeto são inscritos no Y Combinator. Nós fomos a segunda empresa brasileira a ser escolhida”, diz Echeverria. A primeira startup do Brasil que ganhou a competição foi a Glio, um site que mostra locais no Rio de Janeiro, em 2013.

Com um mês de vida e 120 mil dólares de investimento da aceleradora, a plataforma já tem 500 canais de artistas de 140 países. Segundo o fundador, 30 mil pessoas já assistiram aos vídeos. “Brasileiros são nosso segundo maior público, atrás apenas dos americanos”, conta Echeverria.