Tecnologia

Vazamentos do WikiLeaks vão testar relação Washington-Londres

Fontes do Governo britânico indicaram que os vazamentos serão publicados durante toda semana

Fonte explicou que os vazamentos "serão mais embaraçosos do que prejudiciais"  (Joe Raedle/Getty Images)

Fonte explicou que os vazamentos "serão mais embaraçosos do que prejudiciais" (Joe Raedle/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2010 às 09h52.

Londres - A nova série de vazamentos de documentos oficiais americanos por meio do site Wikileaks prevista para as próximas horas vai colocar à prova a relação entre os Estados Unidos e o Reino Unido. O anúncio consta neste domingo na imprensa britânica, antecipando conteúdos de alguns documentos, principalmente comunicações recentes entre as embaixadas americanas e Washington do período entre janeiro de 2009 e junho de 2010.

Fontes do Governo britânico citadas pelo "The Sunday Telegraph" indicaram que os vazamentos serão publicados a conta-gotas durante toda semana e incluem comentários de diplomatas americanos sobre o ex-primeiro-ministro trabalhista britânico Gordon Brown e sobre as eleições realizadas em maio. Uma dessas fontes explicou que os vazamentos "serão mais embaraçosos do que prejudiciais" para o atual Governo de coalizão entre conservadores e liberais-democratas, mas que "o anterior Governo trabalhista tem muitas mais razões para ficar nervoso".

O "Sunday Telegraph" assinala que é "praticamente certo" que as conversas abordam o difícil relacionamento de Brown com o presidente americano, Barack Obama, incluindo uma visita a Nova York em setembro de 2009 durante a qual a Casa Branca foi acusada de "desprezar" o ex-líder britânico.

"The Mail on Sunday" garante que serão divulgadas 800 mensagens da embaixada americana em Londres com comentários "negativos e hostis" sobre Brown e o Governo trabalhista, supostamente em relação à entrega no ano passado à Líbia de Abdelbaset Ali Mohmed Al Megrahi, condenado pelo atentado de Lockerbie de 1988.  A publicação afirma que há "corrosivos" comentários sobre a personalidade de Brown e preocupação com que seguisse no poder.

Conforme o jornal britânico, os documentos poderiam mostrar "a pouca consideração" que a Casa Branca tem pela denominada "relação especial" entre Washington e Londres, e que a opinião sobre o atual primeiro-ministro, David Cameron, também não é boa. Após conhecer-se que seriam divulgados novos documentos pelo WikiLeaks, o Governo americano entrou em contato com seus aliados, preocupado pelo dano que estas revelações possam causar na relação com países como Reino Unido, Israel e Canadá. No caso de Londres, o embaixador americano, Louis Susman, reuniu-se nos últimos dias com membros do Governo britânico.

"Sunday Telegraph" e "The Mail on Sunday" informam que a primeira divulgação de documentos deverá trazer "comentários vívidos" feitos por diplomatas americanos sobre líderes mundiais como Nelson Mandela, Robert Mugabe (presidente do Zimbábue), Hamid Karzai (presidente do Afeganistão) e Muammar Kadafi (presidente da Líbia).

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)EuropaInternetLondresMetrópoles globaisPaíses ricosReino UnidoWikiLeaks

Mais de Tecnologia

Apple deve lançar nova Siri similar ao ChatGPT em 2026, diz Bloomberg

Instagram lança ferramenta para redefinir algoritmo de preferências dos usuários

Black Friday: 5 sites para comparar os melhores preços

China acelera integração entre 5G e internet industrial com projeto pioneiro