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Vacina da USP contra HIV passa em teste com macacos

Na pesquisa, quatro macacos resus do Instituto Butantã receberam doses de uma vacina desenvolvida com 18 fragmentos do HIV

Macaco (Getty Images)

Macaco (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2014 às 20h15.

Uma vacina contra o vírus HIV desenvolvida por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) mostrou resultados positivos quando testada em macacos. Na pesquisa, quatro macacos resus do Instituto Butantã receberam doses de uma vacina desenvolvida com 18 fragmentos do HIV, vírus causador da aids. Os fragmentos foram identificados e isolados a partir da análise do DNA de pacientes soropositivos, mas que ainda não haviam manifestado a doença.

Segundo Edecio Cunha Neto, professor de imunologia clínica da Faculdade de Medicina da USP e pesquisador do Instituto do Coração (Incor), a resposta do sistema imunológico dos animais foi melhor do que os cientistas esperavam.

“Em 2006, a vacina já havia sido testada em camundongos, que costumam responder melhor do que macacos à imunização. Para nossa surpresa, a resposta imune dos macacos foi de 4 a 10 vezes maior do que a dos camundongos”, diz Cunha Neto, um dos coordenadores do estudo da USP.

A resposta indica que as células de defesa dos macacos, que têm um sistema imune parecido com o dos homens, reconheceram o vírus HIV e manifestaram uma resposta para combatê-lo, o que seria o primeiro passo em busca de uma vacina para humanos. O reconhecimento do vírus pelo sistema imunológico sempre foi um dos grandes desafios dos pesquisadores, uma vez que a doença ataca exatamente o sistema de defesa.

Próximos passos

Após esse primeiro teste em macacos, iniciado em novembro do ano passado e considerado piloto pelos cientistas, outros 28 animais do Instituto Butantã receberão a vacina. Desta vez, os pesquisadores dividirão os primatas em quatro grupos e aplicarão diferentes combinações da vacina para avaliar qual versão provocará as melhores respostas imunes. 

A ideia é que, se os bons resultados se repetirem no novo grupo de macacos, os pesquisadores possam, em aproximadamente três anos, iniciar os testes da vacina em humanos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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