Tecnologia

Usuários do Safari acusam o Google de violar sua privacidade

A ex-diretora da revista britânica "Index On Censorship", Judith Vidal-Hall, é a primeira pessoa no Reino Unido que entrou com um processo contra a empresa


	Google: campanha adverte que o Google ignorou as características de segurança do Safari e instalou programas que rastreiam seus movimentos na internet ("cookies") 
 (AFP/ Kimihiro Hoshino)

Google: campanha adverte que o Google ignorou as características de segurança do Safari e instalou programas que rastreiam seus movimentos na internet ("cookies")  (AFP/ Kimihiro Hoshino)

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Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2013 às 17h14.

Londres - Um grupo de usuários do navegador da Apple, Safari, lançou uma campanha contra o Google por violar sua privacidade e uma pessoa empreendeu ações legais contra a empresa no Reino Unido, informou nesta segunda-feira o canal "BBC".

A campanha adverte que o Google ignorou as características de segurança do Safari e instalou programas que rastreiam seus movimentos na internet ("cookies") para oferecer publicidades mais ajustadas às preferências e interesses dos usuários.

A ex-diretora da revista britânica "Index On Censorship", Judith Vidal-Hall, é a primeira pessoa no Reino Unido que entrou com um processo contra a empresa.

"O Google diz que não recolhe dados pessoais, mas não diz quem decide qual informação é pessoal. Se algo é ou não privado, deveria decidir o navegador, não o buscadir", ressaltou Judith.

No ano passado, o Google aceitou pagar US$ 22,5 milhões à Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC, na sigla em inglês) por violar uma ordem desse organismo que lhe obrigava a respeitar a privacidade dos usuários do Safari.


Na época, a FTC encontrou evidências que, durante vários meses entre 2011 e 2012, a companhia tecnológica instalou "cookies" de rastreamento publicitário nos computadores dos usuários do Safari que visitaram sites incluídos dentro da rede comercial do Google "DoubleClick".

Segundo o diretor do grupo Big Brother Watch, que faz campanha pelas liberdades civis no Reino Unido, Nick Pickles, "o Google rastreia as pessoas quando eles dizem explicitamente que não querem, portanto não surpreende que os consumidores acreditem que sua privacidade foi invadida e procurem os tribunais".

"Este caso poderia abrir um precedente legal sumamente importante e poderia ajudar a defender a privacidade frente às decisões encaminhadas a obter lucro e que ignoram os direitos dos usuários", ressaltou o ativista.

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