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Usuários do Grindr reportam discurso de ódio em app gay

Aplicativo conhecido como "Tinder gay" chegou a alertar pessoas sobre o aumento da violência

 (Grindr/Reprodução)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 3 de novembro de 2018 às 05h55.

Última atualização em 3 de novembro de 2018 às 05h55.

São Paulo – O Grindr, aplicativo de encontros voltado para o público gay, registrou aumento de casos de violência e discurso de ódio na sua plataforma no período eleitoral brasileiro.

Usuários ouvidos por EXAME indicam que as mensagens de ódio tinham motivações políticas, algumas delas citando nominalmente o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Algumas pessoas chegaram a receber uma notificação do aplicativo alertando sobre o aumento em casos de violência.

De acordo com a agência de jornalismo investigativo Pública, em parceria com a Open Knowledge Brasil, ao menos 70 ataques de pessoas que diziam apoiar Bolsonaro no período eleitoral.

Procurado, o Grindr informou que trabalha junto a organizações de direitos humanos, líderes de comunidade e ativadas para manter a segurança dos usuários do aplicativo. A empresa diz ter tolerância zero com comportamentos abusivos na sua plataforma e encoraja que as pessoas façam denúncias sobre eventuais ocorrências.

"Após as recentes eleições no Brasil, relatos de violência contra membros da comunidade gay foram trazidos à nossa atenção por várias organizações locais. Isso levou nossa equipe a compartilhar lembretes gerais de segurança para nossos usuários brasileiros com um link para nosso guia de segurança online, caso precisem de recursos ou informações adicionais", informou o Grindr a EXAME. Para reportar ou bloquear um usuário no aplicativo, é preciso tocar na opção que fica no canto superior direito do seu perfil.

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