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USP cria teste que melhora tratamento de doenças autoimunes

Teste permite identificar precocemente pacientes portadores de doenças autoimunes e que deverão reagir bem ao tratamento padrão aplicado nesses casos


	Pesquisa: de 30 a 40% dos pacientes com doenças autoimunes não respondem ao tratamento padrão
 (Horia Varlan/Creative Commons)

Pesquisa: de 30 a 40% dos pacientes com doenças autoimunes não respondem ao tratamento padrão (Horia Varlan/Creative Commons)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2015 às 18h10.

São Paulo - Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto desenvolveram teste que permite identificar precocemente pacientes portadores de doenças autoimunes e que deverão reagir bem ao tratamento padrão aplicado nesses casos. A droga utilizada é o metotrexato.

Atualmente, a substância é o “padrão ouro” de tratamento para doenças autoimunes – que ocorrem devido a uma agressão do organismo por seu próprio sistema imunitário –, como artrite reumatoide, psoríase, doença de Crohn e esclerose múltipla. No entanto, de 30 a 40% desses pacientes não respondem ao metotrexato.

“Só depois de seis meses se descobre o dado clínico. Aí é que se entra com um segundo tratamento alternativo. Isto é um problema muito sério”, destaca professor do Departamento de Farmacologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Fernando de Queiroz Cunha, um dos orientadores da pesquisa, realizada pelo biomédico Raphael Sanches Peres.

Segundo ele, a demora em se conhecer a eficiência do tratamento com o metotrexato reduz as chances de o paciente conseguir mitigar os efeitos da doença. No entanto, o novo teste desenvolvido é capaz de identificar, antes do início do tratamento, se o paciente responderá ou não à droga. “Quando o paciente reage bem ao medicamento, fica vários anos tomando apenas metotrexato e mais um analgésico, uma droga para tirar a dor”, ressalta.

Os pesquisadores agora estão discutindo com o setor produtivo a fabricação de um kit para execução do teste, que é feito a partir de exame de sangue. “Imaginamos que, se tudo der certo, em um ano começaremos a iniciar os ensaios clínicos para confirmar se o teste funciona ou não. A gente não tem dúvida que vai funcionar, mas obviamente que precisamos de um ensaio clínico”, acrescenta Cunha.

A pesquisa sobre o novo teste, que também foi orientada pelo professor Paulo Louzada, do Departamento de Clínica Médica do setor de Reumatologia, foi publicada em artigo, no dia 9 de fevereiro, na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

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