Tecnologia

Uso de Facebook não faz o usuário feliz, diz estudo

Redes sociais contribuem para que as pessoas se sintam mais conectadas, mas seu uso não as faz, necessariamente, mais felizes, diz pesquisa


	Facebook: estudo mostrou que quanto mais as pessoas usavam o Facebook durante um período, pior se sentiam depois
 (Getty Images)

Facebook: estudo mostrou que quanto mais as pessoas usavam o Facebook durante um período, pior se sentiam depois (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2013 às 11h37.

Washington - As redes sociais contribuem muito para que as pessoas se sintam mais conectadas, mas seu uso não as faz, necessariamente, mais felizes, segundo um estudo de usuários do Facebook publicado nesta quarta-feira na Public Library os Science.

De fato, o uso do Facebook prevê uma diminuição do bem-estar do usuário, de acordo com o estudo da Universidade de Michigan (UM), que é a primeira pesquisa conhecida e publicada que examina a influência do Facebook na felicidade e na satisfação.

"Superficialmente, o Facebook proporciona um recurso valioso para a satisfação de necessidade humana básica de conexão social", indicou o psicólogo social da UM, Ethan Kross, autor principal do artigo e docente associado no Instituto de Pesquisa Social (ISR) da universidade. "Mas, ao invés de realçar o bem-estar, encontramos que o uso do Facebook prevê o resultado oposto, solapa o bem-estar".

"Isto é um resultado de importância crítica porque vai ao centro da influência que as redes sociais podem ter sobre a vida das pessoas", acrecentou outro autor do estudo, o cientista cognitivo John Jonides, da UM.

Para o estudo, os pesquisadores recrutaram 82 adultos jovens, um grupo demográfico central dos usuários de Facebook. Todos eles tinham smartphones e contas de Facebook.


Os pesquisadores usaram a amostragem de experiência -uma das técnicas mais confiáveis para medir como as pessoas pensam, sentem e se comportam momento a momento na vida cotidiana - a fim de avaliar o bem-estar subjetivo dos participantes enviando mensagens de texto, ao acaso, cinco vezes por dia durante duas semanas.

Cada mensagem de texto continha um link para uma enquete cibernética com cinco perguntas: como se sente neste momento? Quão preocupado está? Quão solitário se sente neste momento? Quanto usou o Facebook desde a última vez que te perguntamos? Quanto interagiu "diretamente" com outras pessoas desde a última vez que te perguntamos?

O estudo mostrou que quanto mais as pessoas usavam o Facebook durante um período, pior se sentiam depois.

Os autores também pediram aos participantes que qualificassem seu nível de satisfação com a vida no começo e no final do estudo. Encontraram que quanto os participantes ao longo de um período de estudo de duas semanas usavam o Facebook, mais diminuíam seus níveis de satisfação com a vida.

Algo que também é importante assinalar é que os pesquisadores não encontraram provas de que a interação direta com outras pessoas por telefone ou em encontros tête-à-tête influenciam negativamente no bem-estar.

Por outro lado, os pesquisadores descobriram que as interações diretas com outras pessoas faziam com que os participantes se sentissem melhor com a passagem do tempo.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas americanasEmpresas de internetempresas-de-tecnologiaFacebookFelicidadeIndústria eletroeletrônicaInternetRedes sociaisSmartphones

Mais de Tecnologia

Musk pode comprar o canal MSNBC? Bilionário faz memes sobre possível aquisição

Influencers mirins: crianças vendem cursos em ambiente de pouca vigilância nas redes sociais

10 frases de Steve Jobs para inspirar sua carreira e negócios

Adeus, iPhone de botão? WhatsApp vai parar de funcionar em alguns smartphones; veja lista