O estudo foi feito por países do norte da Europa (Stock.xchng)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2012 às 15h27.
Estocolmo - Tomar antidepressivos no fim da gravidez dobra o risco de dar à luz bebês que sofrem de hipertensão pulmonar persistente, de acordo com um estudo realizado nos países do norte europeu e publicado nesta sexta-feira.
"Tomar antidepressivos do tipo ISRS (Inibidores Seletivos de Recaptação da Serotonina) após a 20ª semana de gestação está associada a um risco dobrado de hipertensão pulmonar persistente no recém-nascido", segundo as conclusões do estudo realizado pelo prestigiado Instituto Karolinska, em Estocolmo.
O número de recém-nascidos que sofrem desta doença é de 1,2 a cada mil, em média, acrescenta o instituto, salientando que a taxa de mortalidade em indivíduos nascidos com hipertensão pulmonar persistente é de 15%.
O estudo do Karolinska levou em conta 1,6 milhão de nascimentos entre 1996 e 2007 em cinco países do norte da Europa (Dinamarca, Finlândia, Islândia, Noruega e Suécia). É o primeiro estudo representativo desta magnitude, que complementa a pesquisa Chambers, publicada em 2006 no New England Journal of Medicine.
Segundo o estudo, 11 mil mulheres que tomaram antidepressivos no final da gravidez deram à luz 33 crianças com hipertensão pulmonar.
"Os médicos que tratam pacientes grávidas contra a depressão devem tentar considerar uma abordagem não medicamentosa", adverte a responsável pelo estudo, Helle Kieler, em um comunicado.
Os antidepressivos ISRS são amplamente utilizados no tratamento da depressão e incluem vários tipos de princípios ativos, incluindo a fluoxetina, vendido sob o nome de Prozac.
O estudo constatou que os riscos são os mesmos para todos os princípios ativos estudados, ou seja, a fluoxetina, citalopram, sertralina, paroxetina e escitalopram.