Ativistas do Greenpeace (©afp.com / Bertrand Langlois)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 12h23.
O urânio levemente enriquecido proveniente de 20 mil ogivas nucleares russas desativadas serviu até hoje para gerar mais da metade da energia nuclear dos Estados Unidos, comemorou esta quarta-feira (9) na ONU uma alta funcionária americana.
Rose Gottemoeller, vice-secretária de Estado americano para o controle de armamentos, explicou à comissão das Nações Unidas sobre o desarmamento que isso foi resultado do acordo de 1993 entre os dois ex-rivais da Guerra Fria, um "enorme êxito em termos de não-proliferação", disse.
Aquele que será o último carregamento de urânio comprado pelos Estados Unidos da Rússia deve sair de São Petersburgo em novembro para entrega em dezembro, acrescentou a funcionária.
Segundo Gottemoeller, mais de 500 toneladas de urânio de qualidade militar já foram tratados e reprocessados na Rússia.
O urânio levemente enriquecido restante, derivado de processos de produção de urânio de qualidade militar, "é enviado aos Estados Unidos, transformado em combustível nuclear e usado para alimentar a totalidade das usinas nucleares para gerar a metade da energia nuclear" do país, destacou.
"Cerca de 20.000 ogivas nucleares (russas) também foram eliminados no âmbito deste acordo único entre governo e indústria", insistiu Gottemoeller.
Nos últimos 15 anos, as reservas de urânio russo foram responsáveis, segundo a funcionária, por 10% da eletricidade produzida nos Estados Unidos.