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Universidade de Cambridge se defende das acusações de Zuckerberg

Mark Zuckerberg disse no Congresso dos EUA que os pesquisadores britânicos erraram ao coletar dados do Facebook para pesquisa

Zuckerberg: pesquisadores afirmam coletar dados do Facebook desde 2013 (Aaron P. Bernstein/Reuters)

Zuckerberg: pesquisadores afirmam coletar dados do Facebook desde 2013 (Aaron P. Bernstein/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2018 às 11h03.

Londres - A Universidade de Cambridge rebateu nesta quinta-feira as declarações do presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, perante o Congresso dos Estados Unidos, que acusou o centro e seus investigadores de terem feito "algo ruim" ao recolher dados da plataforma para a realização de relatórios.

Um porta-voz desta instituição esclareceu hoje, em um comunicado, que a Universidade realiza estudos baseados em dados do Facebook há anos, algumas vezes em colaboração com a companhia, e reiterou que a rede social não contribuiu com evidências que corroborem suas especulações.

"A nossa equipe publica estudos sobre estes dados em inspeções científicas de prestígio desde 2013", detalhou a mesma fonte.

Aleksandr Kogan é um professor da Universidade de Cambridge, especializado em Psicologia, a quem Zuckerberg apontou como responsável da filtragem à Cambridge Analytica (QUAL), já que desenhou o programa que solicitou a informação, e a quem a Universidade defendeu.

Segundo o americano, Kogan teria utilizado a mesma tecnologia que usou para colher os dados filtrados à QUAL em um estudo publicado em 2015, coescrito junto com dois funcionários do Facebook, onde empregava dados de 60 bilhões de usuários para entender questões sobre as aulas e as relações sociais.

O escândalo da QUAL explodiu há um mês, quando foi revelado que a empresa tinha usado dados dos usuários do Facebook para elaborar perfis psicológicos de eleitores, interferindo supostamente nos resultados das últimas eleições americanas, quando Donald Trump foi eleito presidente, além de no "Brexit".

A Universidade disse que a QUAL não está relacionada com a instituição e que o trabalho de Kogan com tal empresa foi realizado através de sua própria companhia, Global Science Research.

Sobre as acusações, a instituição britânica esclareceu que entrou em contato com o Facebook em 21 de março para "pedir evidências" que certifiquem as acusações e advertiu que ainda esperam "uma resposta".

Zuckerberg adiantou que planejava tomar medidas legais contra Kogan, a Universidade e QUAL.

O próprio Kogan, dois ex-funcionários da QUAL e o chefe de tecnologia do Facebook foram chamados a prestar depoimento também nas próximas semanas.

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