Tecnologia

União Europeia aperta o cerco contra as gigantes da tecnologia

Empresas com capitalização acima de 80 bilhões de euros e que ofereçam serviços online, como Apple, Amazon e Microsoft serão afetadas por uma nova lei de controle de mercado; ainda falta uma posição comum dos membros do bloco

Gigantes da tecnologia: Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft (GettyImages/Getty Images)

Gigantes da tecnologia: Google, Apple, Facebook, Amazon e Microsoft (GettyImages/Getty Images)

Esta reportagem faz parte da newsletter EXAME Desperta. Assine gratuitamente e receba todas as manhãs um resumo dos assuntos que serão notícia.

A União Europeia avança nessa quinta-feira, 25, mais um passo no que considera uma forma de frear práticas de oligopólio de gigantes de tecnologia como Facebook, Google e Amazon.

Com a votação de uma posição comum entre os membros do bloco, ficará definido como a UE fará para ter o controle de mercado e conteúdo de empresas, principalmente, americanas.

O grupo principal do Parlamento Europeu, chamado Comitê do Mercado Interno e da Proteção do Consumidor, alega querer incentivar o ambiente competitivo, criando oportunidades para a entrada de novas empresas, evitar a concentração de mercado e delimitar o uso dos dados pessoais.

O texto permite que uma Comissão do Parlamento Europeu faça investigações e discipline comportamentos que não estão em conformidade, estabelece qual é o perfil de empresas gatekeepers (porteiras, em tradução livre) e o que o essas companhias podem ou não fazer no território europeu.

Segundo a proposta, companhias "porteiras" são definidas como as que geram um volume de, pelo menos, 50,3 bilhões de reais em negócios anualmente no Espaço Econômico Europeu e apresentam uma capitalização de mercado de 503,3 bilhões de reais.

Os parlamentares também querem evitar que as big techs barrarem a chegada de novos competidores. Para tanto, concederam à Comissão o poder de disciplinar as empresas quando isso ocorrer. Um poder que deve ser usados quando as companhias extrapolarem os seus limites de atuação.

Caso contrário, a Comissão poderá estabelecer multas que ficam entre 4% e 20% do volume total global de negócios da companhia.

Se aprovado, a implementação do regramento com os membros do bloco deve ficar para o primeiro semestre de 2022.

(Com Bloomberg)

Acompanhe tudo sobre:AmazonAntitrusteEstados Unidos (EUA)Exame HojeFacebookGoogleUnião Europeia

Mais de Tecnologia

WhatsApp traz recurso para personalizar balões de conversa e papéis de parede

Instagram testa botão de dislike para comentários

Governo Trump quer mudar critérios de subsídios criados por Biden para empresas de chip

Shein deve adiar IPO após Trump acabar com isenção para pacotes da China