Conectiva, Red Hat ou Mandrake? Nada disso. O SuSE Linux 7.3, da empresa alemã SuSE GmbH, é, na opinião do INFOLAB, a melhor versão de Linux até o momento. Tão boa que é capaz de despertar o interesse dos fãs das outras distribuições do pingüim. Não é a troco de nada que a SuSE é o nome número 1 no mundo Linux na Europa.

Como consegue tanto? Para começar, a distribuição traz um conjunto impressionante de aplicativos (são 7 cds ou 1 DVD com mais de 2 300 programas), manuais bem-humorados e de fácil entendimento. O SuSE ainda lembrou das máquinas antigas e disponibilizou dois disquetes, um para boot em equipamentos que não inicializam pelo CD-ROM e outro com drivers para instalação via disquete. Assim, cultiva um traço que ajudou a popularizar o Linux no seu início: a capacidade de fazer computadores rodados, ou até obsoletos, render muito mais do que com softwares convencionais.

Mas o grande destaque do SuSE 7.3 é que possui um único programa gráfico que faz instalação, atualização e configuração do sistema de forma amigável e eficiente. Trata-se do YaST2 (YaST quer dizer yet another setup tool). Para quem não quer complicação, tem algo melhor? Para os que preferem o modo texto, há ainda o YaST1. Nos testes de instalação do INFOLAB, feitos com o YaST2, essa ferramenta detectou corretamente todos os periféricos, inclusive placas de vídeo, que às vezes são jogo duro para o Linux. Depois de 32 minutos, tempo exigido pela instalação-padrão, tudo estava resolvido. Erros? Zero. Nenhuma outra distribuição Linux conseguiu essa marca no INFOLAB. Através do YaST ainda é possível fazer as atualizações do programa.

O SuSE 7.3 Professional tem tudo o que é necessário para montar desde um simples firewall até um complicado sistema online de compras -- e até mesmo os recursos demandados por um servidor de missão crítica. Ele vem com diversos bancos de dados, como Interbase, da Borland, e MySQL, um software livre. Traz também nomões como Apache, Kylix OE (que é o Delphi para Linux), PHP, Perl, entre outros.

Um ponto contra o SuSE 7.3 é que seu projeto ligeiramente diferente torna inviável a instalação de alguns pacotes RPM de outras distribuições. Em alguns casos, pode ser difícil encontrar o pacote específico para ele. Outro ponto contra é que não é possível instalar a interface KDE direto em português. Quem fizer questão da língua-mãe vai precisar baixar um arquivo do site da SuSE, o que não é um drama -- ele tem apenas 935 K. E vale a pena: o português é o do Brasil, e não o de Portugal, como ocorre com muitas distribuições Linux.

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