Tecnologia

UE lamenta que apenas EUA participem de gestão de domínios na internet

Os Estados Unidos aprovaram mudança na licitação de gestão da autoridade de números atribuídos da internet a partir de 2012, mas só empresas americanas podem concorrer

Para a Comissão Europeia, o próximo gerente da Iana deveria 'respeitar mais' a legislação aplicada em cada país (Daniel Roland/AFP)

Para a Comissão Europeia, o próximo gerente da Iana deveria 'respeitar mais' a legislação aplicada em cada país (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2011 às 18h12.

Bruxelas - A Comissão Europeia comemorou nesta segunda-feira que os Estados Unidos tenham feito mudanças na licitação de gestão da autoridade de números atribuídos da internet (Iana, na sigla em inglês) a partir de 2012, para tornar a administração de domínios mais transparente, mas lamentou que apenas as empresas americanas possam concorrer.

As funções da Iana, uma das instituições mais antigas da internet cujas atividades começaram na década de 1970, estão atualmente sob responsabilidade da Corporação de Atribuição de Nomes e Números na Internet (Icann, em inglês), conforme um acordo com o governo dos Estados Unidos que termina em março de 2012.

A Comissão Europeia indicou em comunicado que a convocação de ofertas para a gestão do organismo a partir dessa data ganhou 'transparência, independência e responsabilidade', ao incluir medidas para evitar conflitos de interesses e atividades que possam comprometer a objetividade do contrato.

Bruxelas havia reivindicado uma 'rigorosa' política para evitar possíveis conflitos de interesses na administração da Iana, com o fim de melhorar a qualidade dos processos de decisão do próximo gerente.

Já a Comissão Europeia lamentou que as empresas estrangeiras não possam concorrer à licitação do próximo contrato de gestão da Iana, ao especificar que o administrador deve ter uma empresa 'completamente' americana, que tenha sua base e desenvolva suas principais operações nesse país.

Para a Comissão, o próximo gerente da Iana deveria 'respeitar mais' a legislação aplicada em cada país, como poderiam ser, no caso da União Europeia, as leis de proteção de dados. 

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