Tecnologia

Uber pode desenvolver carros sem motorista

A criação será feita em uma parceria com a universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos


	Uber: com isso, o serviço pode se tornar um rival do Google, que desde 2009 mantém um programa de desenvolvimento de carros sem motorista
 (Junko Kimura-Matsumoto/Bloomberg)

Uber: com isso, o serviço pode se tornar um rival do Google, que desde 2009 mantém um programa de desenvolvimento de carros sem motorista (Junko Kimura-Matsumoto/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de fevereiro de 2015 às 09h05.

São Paulo - O Uber anunciou na segunda-feira, 2, uma parceria com a universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, para a criação de um centro de pesquisa para tecnologia de ponta que tem entre seus objetivos o desenvolvimento de carros sem motorista.

Com a parceria, funcionários da área de tecnologia da empresa irão trabalhar com membros da universidade em áreas como "mapeamento e segurança veicular e tecnologia autônoma".

O site TechCrunch citou fontes anônimas ligadas ao Uber que confirmaram que a parceria quer "deslanchar a criação de uma frota de táxis autônomos".

De acordo com o TechCrunch, o Uber está contratando mais de 50 cientistas da Carnegie Mellon e do Centro Nacional de Engenharia Robótica, entidade de pesquisa afiliada à universidade.

A Carnegie Mellon há anos desenvolve projetos de robótica, incluindo o veículo espacial Mars Rover.

A fonte ouvida pelo TechCrunch disse que o Uber desenvolverá "a tecnologia, os veículos e a infraestrutura associada" na universidade, localizada em Pittsburgh. O presidente do Uber, Travis Kalanick, já falou sobre as vantagens de carros sem motorista.

"A experiência do Uber é cara porque não é só o preço do carro, mas também o outro cara no carro (em referência ao motorista)", declarou o executivo em 2014.

De acordo com ele, "quando esse cara não existe mais", o custo de pedir um carro no aplicativo fica menor do que possuir um carro próprio.

Com isso, o Uber pode se tornar um rival do Google, que desde 2009 mantém um programa de desenvolvimento de carros sem motorista. Google e Uber estão amarrados em uma série de negócios.

O Google Ventures, o braço de capital de risco do gigante de buscas, fez um aporte de US$ 258 milhões no Uber em agosto de 2013, tornando-se assim um dos maiores investidores da empresa de caronas.

David Drummond, diretor jurídico do Google e vice-presidente sênior de desenvolvimento corporativo, participa do conselho de administração do Uber desde 2013. O Uber é também a única empresa listada como meio de transporte no Google Maps, que traz um link direto para o aplicativo do serviço de caronas em seu site. Por sua vez, o Uber utiliza a plataforma do Google Maps para seus mapas.

App do Google

A Bloomberg publicou na terça-feira, 3, que o Google teria intenção, por sua vez, de desenvolver seu próprio aplicativo de carona, que utilizaria sua frota de carros autônomos. Se isso acontecer, a empresa estaria entrando em competição direta com o Uber.

De acordo com uma fonte anônima ouvida pela Bloomberg, Drummond, do Google, teria apresentado imagens de tela de celular que mostravam um aplicativo de transporte de sua empresa em uma reunião do conselho do Über.

Segundo a reportagem, o Uber estaria discutindo se Drummond, do Google, terá de pedir demissão do conselho da empresa.

O Wall Street Journal, porém, citou outra fonte dizendo que a história do aplicativo de carona do Google foi exagerada. De acordo com essa fonte, o que foi mostrado na reunião foram imagens de um app interno do Google para que funcionários pudessem organizar caronas.

Paralelamente, o Google mantém uma parceria com o Lyft, principal concorrente do Uber. O serviço estará integrado com o Android Wear, sistema para smartwatches, e com o Google Now. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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